Avaliação de métodos de restauração florestal no entorno do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Alves, Luciana Medeiros lattes
Orientador(a): Salimena, Fátima Regina Gonçalves lattes
Banca de defesa: Fontes, Marco Aurélio Leite lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ecologia
Departamento: ICB – Instituto de Ciências Biológicas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/2626
Resumo: A fragmentação florestal causada pela ocupação desordenada e uso indiscriminado dos recursos naturais tem sido uma das maiores responsáveis pela perda de biodiversidade. A formação de corredores ecológicos e a manutenção dos fragmentos florestais são formas de garantir a sustentabilidade dos remanescentes florestais. A restauração florestal, nos seus diversos métodos de aplicação, é a forma de se restabelecer áreas florestadas e garantir a sustentabilidade dos ambientais florestais, porém estudos sobre os métodos mais adequados para as diversas situações encontradas ainda são incipientes, bem como a avaliação e o monitoramento de áreas restauradas. O objetivo deste estudo foi avaliar diferentes métodos de restauração no entorno do Parque Estadual da Serra do Brigadeiro, Minas Gerais, aplicados pelo Projeto de Proteção da Mata Atlântica em Minas Gerais – PROMATA/MG, de modo a compreender o processo sucessional estabelecido nas áreas a partir das ações de restauração e as diferenças estabelecidas a partir de cada método de restauração adotado. Foram avaliadas três áreas situadas na mesma propriedade rural, restauradas através do plantio de espécies nativas (Área A), enriquecimento de formações secundárias (Área B), e regeneração natural (Área C). Para as avaliações foram instaladas vinte parcelas com dimensões de 25 m2, onde foram identificados e medidos todos os indivíduos com altura superior a 30 cm e CAP inferior a 15 cm. Foram calculados os índices fitossociológicos para cada área, bem como índices de diversidade de Shannon, equabilidade de Pielou e similaridade de Sorensen. No total foram identificadas 64 espécies, com 28 na área A, 39 na área B e 15 na área C. Apenas as espécies Solanum swartzianum Roem. & Schult., Tibouchina granulosa (Desr.) Cogn e Myrsine coriacea (Sw.) Roem. & Schult. são comuns às três áreas. O índice de diversidade encontrado nas três áreas foi 2,57 na área A, 3,23 na área B e 2,26 na área C e a similaridade entre as áreas foi baixa, sendo a menor entre as áreas B e C (14,6%) e a maior entre as áreas A e B (24,2%). Tais resultados demonstram que as ações aplicadas nas áreas a partir de cada método de restauração adotado interferiram na sua regeneração natural, formando estruturas florestais diferenciadas. As áreas A e C ainda apresentam uma estrutura florestal de estágio inicial e a área B já possui um sub-bosque com riqueza de espécies, porém em baixo desenvolvimento.