Bordalo Pinheiro, Monteiro Lobato e a circulação (inter)nacional de caricaturas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Ferrari, Danilo Wenseslau
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/180687
Resumo: Este trabalho explora os diálogos transnacionais entre a obra do caricaturista português Rafael Bordalo Pinheiro (1846-1905) e a produção do escritor brasileiro Monteiro Lobato (1882-1948). O estudo centra-se no caso dos personagens Zé Povinho, figura que se eternizou na memória dos portugueses, como símbolo de certa identidade nacional, e do Jeca Tatu que se fixou enquanto representante jocoso do caipira brasileiro. Tais criações surgiram numa época de intensa discussão e (re)construção das identidades nacionais. Bordalo, que viveu no Rio de Janeiro por quatro anos, foi nome de destaque na imprensa periódica brasileira e internacional. Lobato, por sua vez, foi profundo conhecedor da cultura visual do seu tempo, tendo atuado como importante crítico de arte no cenário cultural paulista. Na época, a circulação da cultura, em escala transcontinental, já se tornara uma realidade devido ao avanço nas tecnologias de impressão e transporte. Assim, a pesquisa permitiu revisitar a obra de Bordalo Pinheiro a partir da sua mais famosa criação, tendo em vista os diálogos estabelecidos com outros artistas do traço, bem como a importância que a estada em terras brasileiras teve para o seu trabalho. Além disso, foi possível reavaliar o papel das referências estrangeiras, na produção de Lobato, em busca de um projeto político, cultural e artístico para o Brasil.