[pt] A CARICATURA: MICROCOSMO DA QUESTÃO DA ARTE NA MODERNIDADE
Ano de defesa: | 2006 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
MAXWELL
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=9068&idi=1 https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=9068&idi=2 http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.9068 |
Resumo: | [pt] A tese recupera a importância da técnica da caricatura no âmbito da discussão literária e plástica modernas em dois momentos específicos: na primeira metade do século XVIII, com o debate estabelecido por William Hogarth e Henry Fielding, num contexto em que se fixam as bases do romance; e em meados do século XIX, quando o tema é retomado por Charles Baudelaire, especialmente no ensaio Da essência do riso e das artes geralmente cômicas, de 1855. Embora tenha recebido da dupla Hogarth-Fielding uma definição pejorativa, a caricatura significou um caminho para a experiência moderna, seja pela assimilação de motivos altos e baixos na arte, pela tematização da vivência urbana ou pela valorização da psicologia dos personagens (dentro da tradição do empirismo de Locke), traduzida na exploração da fisionomia humana. Com Baudelaire, estabelece-se não só uma estética da caricatura, mas uma estética caricatural construída a partir das categorias cômico absoluto e o cômico significativo. Esse modo caricatural, acreditamos, já irrompia nas cenas morais de Hogarth. Adotamos a definição da caricatura como uma novidade no campo da arte pictórica, de acordo com Ernst Gombrich. À técnica italiana, segundo ele, estava franqueada a possibilidade de experimentação que levaria à descoberta não trivial de como criar a ilusão de vida sem qualquer ilusão de realidade. As reflexões de Hogarth e de Baudelaire dimensionam historicamente a importância do humor gráfico não só como um desafio à representação artística, mas também como elemento central de uma certa experiência da modernidade. |