Sex, pain, alcoholism and anxiety symptoms are predictive for systemic cortisol levels in oral cancer patients

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Figueira, Jéssica Araújo [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/202777
Resumo: Pacientes com câncer podem apresentar uma desregulação do eixo hipotálamo- hipófise-adrenal (HPA) e secreção aumentada do hormônio cortisol. Níveis elevados de cortisol têm sido associados a pior prognóstico de diferentes tipos de câncer. Embora alterações psicológicas como ansiedade e depressão possam deflagrar uma secreção anormal de cortisol, pouco se sabe sobre a influência destas desordens emocionais na desregulação do eixo HPA em pacientes com câncer quando avaliadas em conjunto com variáveis demográficas, clinicopatológicas e biocomportamentais. Este estudo transversal avaliou os níveis plasmáticos de cortisol em 133 pacientes com carcinoma espinocelular (CEC) de boca e sua associação com variáveis demográficas, clínicopatológicas, biocomportamentais e psicológicas. Os níveis plasmáticos de cortisol foram mensurados por eletroquimioluminescência, e os níveis de ansiedade e depressão foram avaliados pelo Inventário de Ansiedade (BAI) e de Depressão (BDI) de Beck, respectivamente. Os dados demográficos, clinicopatológicos e biocomportamentais foram coletados dos prontuários dos pacientes. Os resultados da análise multivariada mostraram que homens com CEC de boca apresentaram 4,5 vezes mais chances de terem níveis elevados de cortisol plasmático do que as mulheres com a doença (OR=4,472; p=0,018). A presença de dor relacionada ao tumor primário também foi preditivo para maiores níveis de cortisol (OR=5,388; p=0,003). A ausência de histórico de consumo crônico de álcool foi um fator protetor para concentrações muito elevadas do hormônio nos pacientes com CEC de boca (OR=0,104; p= 0,004). Sintomas de ansiedade mensurados pelo BAI como “mãos trêmulas” (OR=0,192; p= 0,016) e estar “nervoso” (OR=0,207; p= 0,0004) foram associados a menores níveis de cortisol. Por outro lado, o sentimento de “medo de perder o controle” foi um fator de risco para níveis muito elevados de cortisol plasmático (OR=6,508; p= 0,0004). O score global e os sintomas específicos de depressão mensurados pelo BDI não foram preditivos para os níveis plasmáticos hormonais (p<0,05). Juntos, os resultados mostram que sexo, dor, consumo de álcool e sintomas de ansiedade são variáveis independentes para os níveis sistêmicos de cortisol nos pacientes com câncer de boca. Portanto, intervenção psicológica, bem como o controle da dor e do alcoolismo devem ser considerados para a prevenção dos efeitos negativos da desregulação da secreção de cortisol nos pacientes diagnosticados com câncer de boca.