Plasma catecholamines levels in oral and oropharyngeal cancer patients and their associations with clinicopathological variables and anxiety symptoms

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Bastos, Daniela Brito [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/151501
Resumo: Objetivos: As catecolaminas podem regular diversos efeitos biológicos resultantes do estresse crônico. Estudos demonstram que as catecolaminas podem influenciar a progressão do câncer. No entanto, pouco se sabe sobre o perfil de secreção das catecolaminas em pacientes com câncer de cabeça e pescoço (CCP) e sua associação com as variáveis clinicopatológicas e psicológicas. O presente estudo investigou os níveis plasmáticos pré-tratamento das catecolaminas norepinefrina (NE) e epinefrina (E) em pacientes com câncer de boca e orofaringe e em pacientes com leucoplasia bucal, bem como sua associação com as variáveis clinicopatológicas, biocomportamentais e os sintomas de ansiedade. Pacientes e métodos: Um total de 71 pacientes com carcinoma espinocelular (CEC) de boca, 22 pacientes com CEC de orofaringe e 32 portadores de leucoplasia bucal foram submetidos à coleta de amostras de sangue. Os níveis plasmáticos das catecolaminas NE e E foram mensurados por meio de Cromatografia Líquida de Alta Eficiência com detecção eletroquímica (CLAE-ED) e os níveis psicológicos de ansiedade foram mensurados pelo Inventário de Ansiedade de Beck (IAB). As diferenças nos níveis hormonais entre os grupos foram avaliadas pelo teste ANOVA e análises univariadas e regressões múltiplas foram realizadas para avaliar as associações dos níveis hormonais com as variáveis clinicopatológicas, biocomportamentais e psicológicas. Resultados: As concentrações plasmáticas de NE e E foram significativamente maiores nos pacientes com câncer de boca e orofaringe em relação aos pacientes com leucoplasia bucal (p<0,05). Pacientes com CEC de boca mostraram níveis de NE (462.03±47.53 pg/mL) cerca de 6 vezes mais elevados do que os pacientes com CEC de orofaringe (74.46±12.52 pg/mL) e 9 vezes maior em relação aos pacientes com leucoplasia (51.69±6.28 pg/mL). Os níveis plasmáticos de NE e E foram correlacionados positivamente nos pacientes com CEC de boca (p=0,0011), mas não nos outros dois. A análise de regressão múltipla mostrou que no grupo de pacientes com CEC de boca e no grupo composto por pacientes com CEC de boca e orofaringe juntos (grupo câncer de cabeça e pescoço - CPP), o histórico de maior consumo de álcool foi preditivo para níveis reduzidos de NE plasmática (CCP: β=-171,7, p=0,0002; CEC de boca: β=-119,2, p=0,0296). Os níveis globais de ansiedade medidos pelo IAB não foram significativamente correlacionados com os níveis de catecolaminas nos pacientes com câncer (p>0,05). Entretanto, os sintomas de ansiedade “tremor das mãos” (β=157,5; p=0,0377) e “coração acelerado” (β=15,88; p=0,0441), foram significativamente associados com níveis elevados de E no grupo de CCP e no grupo de CEC de orofaringe, respectivamente. A privação de sono e a má qualidade do sono na noite anterior à coleta de sangue foram variáveis preditivas para níveis elevados de NE em pacientes com leucoplasia bucal. O consumo excessivo de cigarro (β=1,54; p=0,0051) e níveis elevados de ansiedade (β=7,16; p=0,0003) foram preditores independentes para maiores níveis plasmáticos de E nos pacientes com leucoplasia bucal. Conclusão: Os pacientes com câncer de boca e orofaringe apresentam uma modulação na secreção plasmática de NE e E. Além disso, os níveis de catecolaminas nos pacientes com câncer de cabeça e pescoço e nos pacientes com leucoplasia podem ser influenciados por fatores biocomportamentais e psicológicos.