O saber, o poder e a loucura em Machado, Maupassant e Poe

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Lima, Clarissa Navarro Conceição [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/235900
Resumo: Machado de Assis, Guy de Maupassant e Edgar Allan Poe: três mestres contistas do século XIX. Cada um retratou, à sua maneira, a condição humana. Neste trabalho, comparamos os seguintes contos: O Alienista¸ de Machado de Assis, publicado pela primeira vez em 1881; O Doutor Héraclius Gloss, de Guy de Maupassant, publicado postumamente em 1921, tendo sido escrito por volta de 1875; e, O Sistema do Doutor Alcatrão e do Professor Pena, de Edgar Allan Poe, publicado em 1845. Os três contos abordam a questão da loucura, do poder e da busca pela verdade. Eles representam uma visão irônica do final do século XIX, em que a figura do cientista é levada à loucura pelo seu próprio ego inflamado e pela sua busca desmedida por respostas. Os autores discutem o arbítrio do poder, a validação de uma verdade pela sociedade, o tratamento punitivo dos loucos e o narcisismo que leva as personagens à mais profunda sandice. Nessa análise, também fazemos alguns questionamentos: qual é a verdade? como ela é produzida? qual o funcionamento das engrenagens do poder? Para responder a essas questões, analisamos a construção histórico-social da loucura, o espaço do manicômio e a personagem peculiar do doutor presente nos contos. Trabalhamos também a questão das funções da literatura e da arte; as unidades do conto; a busca pela verdade; a narrativa cíclica; e ainda, como a ironia é constituída nos contos. Para análise e aprofundamento teórico, embasamos nosso trabalho nas obras de Aristóteles, Barthes, Bosi, Candido, Goethe, Sartre, Foucault, Umberto Eco, Goffman, Hutcheon, Muecke, Cassirer, entre outros estudiosos.