Desenvolvimento de metodologia para estimar o banco de sementes e prever a infestação de plantas daninhas em áreas agrícolas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Moisinho, Ivana Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/204482
Resumo: O manejo de plantas daninhas nas culturas agrícolas apresenta grande importância para assegurar os rendimentos e retorno econômico das lavouras aos agricultores. Os conhecimentos da distribuição espacial, composição de espécies, características de dormência e densidade de sementes no solo podem contribuir para a definição do manejo de plantas daninhas a ser adotado em determinada lavoura, e na elaboração de estimativas e modelos de dinâmica de emergência e, para tanto, ainda devem ser desenvolvidas metodologias adequadas e que proporcionem maior precisão nas estimativas. Desse modo, esse trabalho visou o desenvolvimento de metodologias para avaliação do banco de sementes do solo e predição de infestações em áreas agrícolas, através do comportamento em relação ao número de amostras de solo, fluxos de emergência, número de plântulas emergidas e total de espécies presentes, e para a espécie Gamochaeta coarctata (Willd.) Kerguélen. Os experimentos foram conduzidos em condições de campo e de casa de vegetação durante os anos de 2019 e 2020. Nas condições de campo, foram coletadas respectivamente, 200 e 100 amostras de solo na profundidade 0-10 cm em duas áreas agrícolas, para estimativas dos fluxos de germinação do banco de sementes. As amostras foram constituídas de um quilograma de solo, alocadas em bandejas de alumínio de 1150mL. As plântulas emergentes foram identificadas e contabilizadas em casa de vegetação. Em intervalos de cerca de 30 dias, após cada avaliação as amostras foram revolvidas e um novo fluxo era estimulado. As análises estatísticas consistiram na realização de 30 simulações a partir dos dados de amostragem estimando-se os parâmetros de média, desvio padrão, intervalos mínimos e máximos, variação de erro padrão à 5% (Δ5%), número mínimo de amostras e esforço amostral para estimativa do potencial de infestação do número de espécies identificadas em cada área. O segundo experimento consistiu na avaliação da flora infestante nas respectivas áreas de coleta e, para tanto, foram avaliados 30 e 20 pontos amostrais, identificando e contabilizando as espécies presentes dentro de amostradores quadrados de 0,5m de lado. Os resultados foram expressos em densidades relativa e absoluta e a correlação de ambas as formas de avaliação foram estabelecidas por meio do coeficiente de determinação e índice de Spearman Rank. O número de amostras é diferenciado conforme a variável analisada, nível de precisão desejada e número de avaliações. O número de avaliações incrementa a precisão nas estimativas em maior proporção comparado ao número de amostras. Estimativas do número de espécies requerem menor número de amostras, para um mesmo nível de precisão e número de avaliação. O número de espécies apresenta maior precisão, maior estabilidade e menor variabilidade em relação ao número de plântulas. Há grande correspondência, acima de 68%, entre avaliações da flora infestante e o banco de sementes. É possível estimar através de amostras de solo o potencial de infestação e principais espécies em termos de abundância presentes no banco de sementes do solo.