Tamanho, forma de parcelas e suficiência amostral para avaliação e monitoramento do componente vegetal de ecossistemas em restauração com cinco anos de idade no estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Fragoso, Ariadina Callegari Ferrari
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-03022015-164244/
Resumo: A avaliação e o monitoramento são etapas fundamentais para testar teorias e metodologias usadas na restauração ecológica, além de indicar ações corretivas que podem ser aplicadas para garantir o sucesso dos projetos. No entanto, para que estas atividades sejam realmente efetivas e proporcionem resultados seguros é necessário o uso de ferramentas estatísticas em seu planejamento e aplicação para que os dados obtidos sejam precisos e seguros. O objetivo deste estudo é testar o tamanho, a forma de parcelas e a suficiência amostral para avaliar e monitorar áreas em processo de restauração no Bioma Mata Atlântica com idade aproximada de cinco anos. Foram amostradas três áreas que inseridas na Floresta Estacional Semidecidual com cerca de cinco anos submetidas ao plantio total de mudas e inseridas em paisagens fragmentadas. Para amostragem foram alocadas sistematicamente 10 parcelas em SOS (Itu) e ARA (Batatais) e 7 parcelas em A_Q (Batatais) com dimensões de 12x20 m2. Os indivíduos amostrados receberam uma placa numerada, e foram registradas as medidas de CAP de todos os ramos se ao menos um deles tiver CAP >= 10 cm. Para caracterização dos locais a regeneração natural foi amostrada em parcelas de 2x2 m2 incluindo indivíduos com altura maior ou igual a 0,5 m. As parcelas foram subdivididas em 8 tamanhos diferentes, para simular o tamanho e forma de parcela ideal. Para o cálculo de tamanho de parcelas foi utilizado o método de máxima curvatura e a suficiência amostral foi determinada a partir da variabilidade do indicador, do erro e precisão predeterminados a 20%. O tamanho ideal da parcela selecionado para a maioria dos indicadores amostrados foi 90 m2 (9x10 m). A comparação do coeficiente de variação e do erro amostral entre parcelas com mesma área e diferentes dimensões não foi conclusiva a respeito da melhor forma da unidade amostral que se deve utilizar nestas áreas. Os indicadores e verificadores que apresentaram menores valores de CV e erro amostral e são recomendados para estudo de áreas em restauração são número de indivíduos, numero de espécies, número de espécies do grupo de plantio diversidade, número de espécies do grupo pioneiras e número de espécies zoocoóricas. A suficiência amostral variou amplamente para cada indicador entre as áreas, mostrando que a variabilidade de cada local influencia diretamente o cálculo do número de parcelas ideais para amostragem. Para os indicadores selecionados nas áreas estudadas recomenda-se que seja utilizada intensidade amostral de 14,65% da área estudada ou oito parcelas de 9x10m. Apesar das dificuldades encontradas, os estudos de amostragem em restauração florestal são necessários para viabilizar o estabelecimento de um protocolo de monitoramento que tenha bases estatísticas e garanta que os dados obtidos sejam seguros e precisos, facilitando, ainda, a comparação e extrapolação de dados.