Influência dos antivirais de ação direta na resistência insulínica, nos marcadores de fibrose e função hepática na cirrose por Hepatite C

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Andrade, Vanessa Gutierrez de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/180392
Resumo: Introdução: O Vírus da Hepatite C está associado a manifestações extra-hepáticas, dentre elas a resistência à insulina (RI). Estudos baseados em Interferon (IFN) e Ribavirina (RBV) mostraram uma melhora da RI e da regressão de fibrose associada à Resposta Virológica Sustentada (RVS), mesmo em pacientes cirróticos.As evidências são incertas se isso ocorre com os Antivirais de Ação Direta (AADs). Objetivos: Avaliar a influência da RVS em cirróticos infectados pelo vírus da hepatite C (VHC) tratados com os AADs na RI, nos Lipídes Séricos, nos marcadores indiretos de atividade inflamatória, nos marcadores indiretos de fibrose hepática e nos escores de avaliação de função hepática. Metodologia: Estudo prospectivo longitudinal realizado no Ambulatório de Hepatites Virais da disciplina de Gastroenterologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu em dois períodos: no início do tratamento (t-base) e na décima segunda semana após o fim do tratamento (t-RVS). Critérios de Inclusão: infecção pelo VHC (RNA-VHC positivo), idade ≥ 18 anos, conclusão da terapia com AADs, presença de cirrose hepática e amostras coletadas no t-base e t-RVS. Critérios de Exclusão: presença de coinfecção VHB/HIV, Carcinoma Hepatocelular no início do estudo ou no t-RVS, pacientes transplantados (fígado/rim). Para confirmação da cirrose utilizou-se a elastografia hepática ou biópsia (METAVIR), como também a clínica ou exames de imagem. Para avaliação indireta da fibrose hepática, utilizou-se as seguintes fórmulas: APRI = Valor de AST (UI/L) / Limite Superior Normal de AST (UI/L)/Contagem de Plaquetas (109) × 100 e FIB4 = Idade (anos) × AST (UI/L)/Contagem de Plaquetas (109) × √ALT (UI/L). Para a avaliação dos escores de função hepática, utilizou-se a pontuação de Child-Pugh e o MELD. O HOMA-IR foi calculado como insulinemia de jejum (μU/mL) x glicemia de jejum (mmol/l)/22,5).Foi realizado elastografia hepática no baseline e após a RVS. Realizou-se a análise estatística descritiva e modelo linear generalizado assumindo-se distribuição de Poisson e distribuição gama com função de ligação log. O valor de P considerado significativo foi < 0,05. Resultados: De 141 pacientes, foram incluídos 117. Os resultados do MELD, APRI e FIB4 no t-base/t-RVS foram 10,3±3,04/9,52±3,14 (p=0,0078); 2,19±2,01/0,93±1,02 (p<0,0001) e 5,61±3,45/3,86±3,14 (p=0,0001), respectivamente.Os resultados de Ferritina (ng/mLl), Alfa Feto Proteína (ng/mL), CT (mg/dL), LDL (mg/dL) e TG (mg/dL) e HOMA-IR no t-base / t-RVS foram: 446,47±492,94/182,67 173,65 (p<0,0001); 19,62±57,76/5,39±3,97 (p=0,0105); 143,25±33,69/153,81±33,78 (p=0,0010); 75,69±29,97/86,03±31,22 (p=0,0036) e 98,19± 44,97/96,59±50,36 (p=0,7432), 4,88±4,11/5,25±4,9 (p=0,685), respectivamente.Os resultados de Elastografia no t-base/t-RVS foram:27,82 ± 9,59 / 19,26 ± 9,72 (p<0,001).Conclusão: Os escores de Avaliação Indireta da Fibrose Hepática e os de avaliação da Função Hepática melhoraram significativamente em pacientes cirróticos com RVS tratados com AADs. A Ferritina e Alfa Feto Proteína Séricas diminuíram significativamente, e o CT e LDL aumentaram significativamente. Nos nivéis séricos de TG não foram observadas mudanças significativas. Houve uam redução significativa da média de Elastografia Hepática na RVS. A média do HOMA-IR aumentou na RVS, porém sem significância estatística.