Avaliação in vivo e in vitro da susceptibilidade de plaquetas humanas em relação à infecção do vírus SARS-CoV-2

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Tancler, Nathália Almeida Souza [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/258044
Resumo: A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que doenças virais continuam a emergir, representando um sério problema de saúde pública no mundo. Recentemente, a humanidade vivenciou uma pandemia causada pelo vírus SARS-CoV-2, que infectou grande número de pessoas. As plaquetas podem ser consideradas alvos deste vírus, sendo apontadas como um possível reservatório biológico. Este estudo teve por objetivos verificar a presença de SARS-CoV-2 nas plaquetas de pacientes infectados com alta carga viral, assim como em seu em plasma e sangue total. Além disso, visou verificar ainda, através de infecção in vitro de plaquetas de doadores saudáveis, a capacidade de interação vírus/plaqueta. Para a avaliação in vivo, as amostras foram provenientes de pacientes com COVID-19. Para os testes in vitro, foram realizadas coletas de amostras de doadores não infectados pelo vírus, com posterior infecção de plaquetas alcançada por cultura em placa. As extrações de material genético foram realizadas de forma automatizada com beads magnéticas ou solvente orgânico, seguida por amplificação por PCR em tempo real ou PCR digital. Os resultados deste estudo indicaram que, embora o SARS-CoV-2 possa interagir com plaquetas em condições in vitro, não foram encontradas evidências da presença do vírus em plaquetas ou outros componentes sanguíneos de pacientes com COVID-19 nas análises in vivo. Somando estes resultados aos relatos da literatura científica até o momento, sugere-se que a presença do vírus no sistema circulatório possa ser rara ou ocorrer em concentrações muito baixas. Por fim, levantamos a hipótese de que outras dinâmicas possam desempenhar algum papel na propagação do vírus no sistema vascular, o que requer mais estudos para total elucidação desta questão.