Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Araujo, Monique Yndawe Castanho [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/138632
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Resumo: |
O aumento da expectativa de vida vem acompanhado de conseqüências econômicas e sociais, onde destaca-se o aumento das doenças crônicas e dos gastos com saúde. As doenças crônicas não transmissíveis são as principais causas de morte no mundo e estão presentes de forma mais intensa na população idosa, tendo como alguns de seus fatores de risco o tabagismo, uso de álcool, inatividade física e obesidade. Dessa forma, o objetivo da presente pesquisa foi analisar associação entre agregação de fatores/comportamentos de risco à saúde e perda de produtividade laboral e aumento dos custos com saúde em adultos atendidos no Sistema Único de Saúde. Para tanto, 342 pacientes foram convidados a fazer parte da pesquisa e foram avaliados quanto a associação dos custos com tratamento na atenção primária e perda de produtividade com fatores/comportamentos de risco como adiposidade corporal, nível de atividade física, consumo de álcool e tabagismo e com variáveis de desfecho das doenças crônicas como os distúrbios do sono e dor lombar, e ainda, às variáveis sexo e idade de aposentadoria. Os fatores/comportamentos de risco foram agregados para constituir uma única variável de risco, assim, a amostra foi subdividida em três grupos: (i) nenhum comportamento/fator de risco, (ii) 1 comportamento/fator de risco, (iii) 2 ou mais comportamentos/fatores de risco, e o grau de influência de cada fator de risco nos custos com perda de produtividade foi verificado isoladamente e agregado a outros fatores de risco. A análise estatística foi composta pelos testes de Kolmogorov-Smirnov, Levene, Kruskal Wallis para comparação de três ou mais grupos (Mann Whitney, como post-hoc quando necessário) e Mann Whitney para comparação de dois grupos, qui-quadrado, regressão logística binária e Hosmer-Lemeshow, os procedimentos foram realizados no programa BioEstat 5.0 com significância adotada em 5%. Verificou-se que não houve associação entre agregação dos fatores/comportamentos de risco e gastos na atenção primária, no entanto maiores gastos foram encontrados para as variáveis distúrbios do sono, dor lombar, idade de aposentadoria e sexo. Para os fatores de risco e as varáveis de desfecho, observou-se que tabagismo (p-valor= 0,023) e distúrbios do sono (p-valor= 0,027) se associam aos gastos com perda de produtividade por absenteísmo. Gastos com perda de produtividade por aposentadoria por invalidez foram maiores para pacientes com distúrbios de sono (p-valor= 0,004) e dor lombar (p-valor= 0,001). A agregação dos fatores de risco obesidade, sedentarismo, uso de álcool e tabagismo, esteve associada a gastos com perda de produtividade por aposentadoria por invalidez (p-valor= 0,036), e ainda, observou-se que obesidade situa o paciente no maior quartil de perda de produtividade por aposentadoria por invalidez OR= 2.47 [95%IC= 1.20 – 5.06]. Conclui-se que fatores e comportamentos de risco às doenças crônicas não transmissíveis, bem como, suas variáveis de desfecho estão associados a gastos com saúde e perda de produtividade laboral em adultos atendidos na atenção básica do sistema de saúde da cidade de Presidente Prudente/SP. |