Custos em saúde: qual o gasto da pessoa idosa com medicamentos?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Ferreira, Carolina Esper
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/36253
Resumo: O envelhecimento populacional é um processo que envolve mudanças fisiológicas, psicológicas, econômicas e sociais. A queda das taxas de natalidade e o aumento da expectativa de vida, devido a melhorias nos cuidados de saúde e nas condições socioeconômicas, resultaram em rápido envelhecimento da população brasileira. No entanto, a população idosa traz mudanças, como a prevalência de doenças crônicas não transmissíveis e consequentemente maior consumo de serviços de saúde e maior gasto com medicamentos. O presente estudo teve como objetivo avaliar a terapia medicamentosa e o gasto econômico com medicamentos de pessoas idosas em um ambulatório de geriatria. O trabalho foi composto de duas fases: revisão retrospectiva de prontuário eletrônico dos pacientes idosos inseridos no ambulatório e avaliação prospectiva da terapia medicamentosa dos participantes da consulta farmacêutica. Na primeira fase realizou-se a simulação dos gastos com medicamentos adquiridos pela compra particular, comparado com os custos subsidiados pelo SUS e avaliado o comprometimento da renda com a farmacoterapia. No segundo momento realizou-se a consulta farmacêutica, na qual foi avaliado o gasto real do paciente com medicamentos. A primeira etapa foi constituída por 210 pacientes, com idade média de 76,40 (±8,48), maioria do sexo feminino (65,71%) e com ensino fundamental incompleto (51,90%). A aposentaria foi a principal fonte de renda dos participantes e a renda média foi de R$ 1.949,30. A simulação de gastos mostrou que a compra particular de medicamentos corresponderia em média R$ 411,06 (±292,15) e mediana de R$ 341,45. Com o subsídio do SUS há redução para R$ 236,07 (±258,98) e R$ 139,16 respectivamente. Os pacientes da consulta farmacêutica apresentaram gasto médio de R$ 343,64 (±331,62) e mediana de R$ 254,37, além do comprometimento médio de 16,63% ±17,71 da renda. Com isso, durante a simulação dos gastos com a farmacoterapia observou-se elevado valor dos custos com medicamentos caso o paciente os adquirisse de forma particular. Porém, com o subsídio do SUS é possível ocorrer redução do comprometimento da renda com o tratamento. A avaliação do gasto real mostrou que os pacientes gastam mais do que hipoteticamente poderiam com a presença do SUS. No entanto, o valor final se aproxima mais desse cálculo do que com a compra particular.