Efeitos cardiorrespiratórios e comportamentais de equinos pré-medicados com acepromazina e tratados com detomidina em bólus intermitente ou infusão contínua, associado ou não ao butorfanol para realização de odontoplastia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Yamada, Diego Iwao [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/210869
Resumo: A sedação para a realização de procedimentos odontológicos em equinos requer que o paciente permaneça em posição quadrupedal, não incremente os riscos de complicações gastrointestinais pós-anestésicas das associações farmacológicas, associado à viabilização do procedimento. Desse modo, objetivou-se comparar a viabilidade e qualidade da sedação, bem como efeitos cardiorrespiratórios e comportamentais de 15 equinos (10 machos castrados e 5 éguas) pesando entre 300 e 500 kg, submetidos a dois protocolos experimentais diferindo no regime de administração do tratamento: grupo bólus (GB, n=7), detomidina 0,02 mg/kg/IV, e grupo infusão (GI, n=8), detomidina 0,02 mg/kg/IV seguido de infusão contínua de 0,02 mg/kg/h, ambos pré-medicados com acepromazina (0,05 mg/kg/IV), associado ou não ao butorfanol (0,007 mg/kg/IV) para a realização de odontoplastia. Quando a sedação foi classificada como insuficiente, por meio das avaliações comportamentais (movimento de mastigação, movimento de língua e reposta ao estímulo oral com água), complementou-se a neuroleptoanalgesia com butorfanol (0,007 mg/kg/IV) no regime de tratamento proposto, sendo administrado em bólus no GB e bólus seguido de infusão contínua (0,007 mg/kg/h/IV) para o GI. Nas suplementações de sedação subsequentes, foram administrados detomidina (0,007 mg/kg/IV) e butorfanol (0,007 mg/kg/IV). Avaliou-se coloração de mucosas oral e ocular, TPC, FC, FR, motilidade gastrointestinal, temperatura retal, pressão arterial não invasiva, ataxia, altura de cabeça, movimentação de língua, movimentos mastigatórios e de cabeça, reposta ao estímulo oral com água e qualidade de sedação antes e aos 5, 15, 30, 45, 60, 75 e 90 minutos de odontoplastia e 15 e 30 minutos após o término do procedimento. No GB, 100% dos animais necessitaram de suplementação da sedação para a exequibilidade do procedimento, enquanto o GI necessitou em 76,7% dos animais. Observou-se para a FC, no GI, redução em T15, T45, T75 e 30-Pós comparado ao T0 (p<0,05), além de menores valores em GI comparado ao GB em T30, T45, T60, T75, T90 e 15-Pós (p<0,05). A FR, A altura de cabeça, reduziu em todos os momentos comparado ao T0, em ambos os grupos, reduzindo até 56% em T5, no GB, e 70% em T60, no GI. Ataxia moderada foi observada em ambos os grupos a partir de T5 até T75 para o GB e T90 para o GI. Não encontrou-se diferença estatística para movimento de língua, movimento de mastigação e reposta ao estímulo oral com água. A infusão contínua de detomidina associado ao butorfanol reduziu a necessidade de suplementação na sedação comparado ao tratamento em bólus em equinos submetidos à odontoplastia. A associação detomidina/butorfanol em ambos regimes de administração não resultou em alterações gastrointestinais.