Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Cuiabano, Igor Seror |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/215203
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Resumo: |
Justificativa e objetivos: A infusão alvo-controlada de propofol é bem estabelecida para a realização de anestesia geral, mas pode ser útil também em procedimentos diagnósticos e terapêuticos nos quais o controle adequado da sedação é importante tanto para a sua realização como para a segurança do paciente. O objetivo deste estudo foi comparar a administração alvo-controlada com a técnica de bolus intermitente para infusão de propofol durante a colonoscopia, quanto à segurança e eficácia. Métodos: Foi realizado estudo prospectivo, randomizado e controlado em 50 voluntários adultos ASA I-II, de ambos os sexos, com idade entre 18 e 65 anos, índice de massa corporal entre 19 e 30 kg.m-2, submetidos à colonoscopia em hospital terciário em Cuiabá-Mato Grosso, Brasil. Com monitorização padrão e oxigênio 2 L.min-1 via cateter nasal, todos os pacientes foram sedados com fentanil, 1 µg.kg-1 endovenoso, e alocados aleatoriamente em dois grupos iguais para receberem propofol em infusão alvo-controlada (Grupo infusão alvo-controlada, n = 25, alvo inicial de 2,0 µg.ml-1 e incrementos de 0,5 µg.ml-1 até a perda da consciência e durante o exame, de acordo com a necessidade) ou bolus intermitentes (Grupo bolus intermitentes, n = 25, indução com 1,0 mg.kg-1 e incrementos de 0,5 mg.kg-1 até a perda da consciência e durante o exame, de acordo com a necessidade). Os desfechos primários foram a necessidade e número de intervenções para permeabilizar as vias aéreas (segurança), por paciente, desencadeadas por SpO2 < 90%, e o número de ajustes de dose (eficácia) para controle do nível de sedação, por paciente. Os desfechos secundários foram a incidência de agitação por paciente, o consumo de propofol e o tempo para despertar. Resultados: Cinquenta pacientes completaram o estudo, com sua distribuição equitativa entre os grupos. Os valores [mediana (1o e 3o quartis)] para o número de intervenções nas vias aéreas e ajustes de doses, nos grupos infusão alvo-controlada e bolus intermitentes, foram, respectivamente 0 (0-0) versus 0 (0-0), p = 0,239, e 1 (0-1) versus 3 (1-4), p < 0,001. Os pacientes no grupo bolus intermitentes apresentaram maior número de agitação durante o exame, 1 (0-1) versus 2 (0-2), p < 0,001. Os valores para o tempo de despertar e de consumo de propofol (média ± desvio padrão) nos grupos infusão alvo-controlada e bolus intermitentes foram, respectivamente, 4,9 ± 1,4 versus 2,3 ± 1,6 minutos, p < 0,001, e 234 ± 46 µg.kg-1.min-1 versus 195 ± 44 µg.kg-1.min-1, p = 0,040. Conclusão: Para a realização de colonoscopias, a infusão alvo-controlada de propofol é igualmente segura à sua administração por bolus intermitentes, mas reduz a incidência de agitação e a necessidade de ajustes de dose. No entanto, com os bolus intermitentes o consumo de propofol é menor e o tempo de despertar é mais rápido. |