Processamento sensorial e o engajamento de crianças com Transtorno do Espectro Autista no contexto escolar: percepção de professores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Mantovani, Heloisa Briones
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/255394
Resumo: Reconhecendo a frequência apontada pela literatura sobre a identificação de Disfunção de Integração Sensorial (DIS) em crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), assim como a forte influência do processamento sensorial para o engajamento de crianças na Educação Infantil, a presente pesquisa teve o objetivo de analisar as correlações entre os padrões de processamento sensorial e o nível de engajamento das crianças com idades entre 3 e 5 anos completos, diagnosticadas com TEA, no seu contexto escolar, de acordo com a percepção dos professores. Como objetivos específicos pretendeu-se analisar o perfil sensorial de crianças com TEA na Educação Infantil; analisar o engajamento de crianças com TEA no contexto escolar; analisar o perfil funcional de crianças com TEA no contexto escolar. Participaram do estudo professores de 51 crianças com idade entre 3 e 5 anos diagnosticadas com TEA. A coleta de dados foi realizada através de visitas nas escolas para a realização de entrevista com os professores, através da aplicação de dois instrumentos:Perfil Sensorial 2 de Acompanhamento Escolar e Classroom Measure of Engagement, Independence, and Social Relationships - ClaMeisr. De acordo com a percepção dos professores, em relação aos resultados do Perfil Sensorial 2 de Acompanhamento Escolar, na Seção dos Quadrantes, nas Seções Sensoriais e na Seção dos Fatores Escolares, a maior parte das crianças apresentaram pontuações “Muito mais que outras” , seguida de “Mais que outras”. A percepção dos professores em relação ao perfil funcional das crianças em suas rotinas escolares demonstrou que, em todas as rotinas apresentadas, a maior porcentagem acerca do perfil funcional das crianças foi caracterizada como “Perfil não funcional”, seguida da porcentagem “Baixos níveis de funcionalidade” o que significa que as crianças não apresentam padrões funcionais de comportamento nas rotinas escolares avaliadas. O mesmo aconteceu em relação ao nível engajamento dessas crianças que, na maior parte das rotinas apresentadas, as maiores classificações se deram como “Não engajada” ou como “Engajamento não sofisticado”, exceto em relação à rotina de Saída, o que significa que as crianças não estão engajadas na maior parte das rotinas escolares avaliadas. As correlações entre os resultados dos dois instrumentos utilizados foram moderadas. Os padrões de hiper-reatividade identificados nos resultados do Perfil Sensorial, assim como os baixos níveis de engajamento e de funcionalidade das crianças com TEA indicam a importância da parceria entre terapeuta ocupacional que tenham conhecimentos acerca da ISA e escola uma vez que as orientações oferecidas a fim de que o professor esteja atento e consiga reconhecer as necessidades sensoriais da criança, ou seja, quais estímulos ela busca e quais ela evita, podem diminuir as chances de desregulação do comportamento e favorecer o engajamento da criança nas atividades que, por sua vez, oferecem oportunidades para seu desenvolvimento e aprendizagem.