Impacto da pandemia COVID-19 na qualidade de sono de profissionais de saúde nas Américas: revisão sistemática de método misto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Pereira, Talita de Azevedo Coelho Furquim [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/257509
Resumo: Introdução: A pandemia da COVID-19 aumentou o estresse físico e mental e alterou os processos de trabalho dos profissionais de saúde, causando impactos na qualidade do sono. Objetivo: Identificar o impacto da pandemia de COVID-19 na qualidade do sono de médicos, enfermagem e residentes médicos de hospitais e departamentos de emergência nas Américas e sua autopercepção e experiências de qualidade do sono. Apresentar recomendações e estratégias úteis para definir a melhor prática clínica e orientação para o cuidado da qualidade do sono desses profissionais de saúde. Critérios de Inclusão: Estudos com médicos, enfermagem e residentes médicos que trabalharam em hospitais ou urgência/emergência diretamente com o atendimento ao paciente durante a pandemia. Estudos quantitativos, qualitativos e de métodos mistos que investigaram a qualidade do sono dos profissionais de saúde durante a pandemia da COVID-19. Foram considerados estudos que avaliaram a qualidade do sono medida por instrumento validado e que analisaram as experiências e percepções desses profissionais de saúde sobre qualidade de sono. Métodos: Esta revisão foi realizada seguindo a metodologia JBI para revisão sistemática de métodos mistos. Os estudos publicados foram pesquisados na Biblioteca Virtual em Saúde (BIREME), MEDLINE (PubMed), CINAHL (EBSCO), Embase (Elsevier), Scopus (Elsevier), Biblioteca Cochrane (CENTRAL) e Web of Science (Clarivate Analytics). As fontes de estudos não publicados e literatura cinzenta pesquisadas foram Google Scholar, Cybertesis e Canadian Dissertation and Theses. O período de publicação pesquisado foi de 2020 a 2023. Não há restrições de idioma. Utilizou-se a abordagem JBI segregada e convergente, integrando os resultados sintetizados quantitativos e qualitativos. Resultados: Foram incluídas 20 publicações (16 quantitativos, 3 qualitativos e 1 misto). No componente quantitativo, tem-se 12.067 profissionais e, no qualitativo, 72 profissionais. Os países dos estudos são: Brasil, EUA, Colômbia, Cuba, Equador e Peru. A prevalência de distúrbios do sono é 76,4% (IC 95%: 64,8-86,3) e de insônia é 35,8% (IC 95%: 27,0-45,1). No componente qualitativo, duas sínteses: a pandemia da COVID 19 acarretou problemas de saúde mental e física, e afetou as relações sociais dos profissionais de saúde; os profissionais que atuaram na linha de frente identificam estratégias para mitigar dificuldades e desafios do processo de trabalho. Discussão: O sono foi um fator identificado como importante na pandemia com repercussões diretas na saúde desses profissionais. Recomenda-se incluir programas de crise para profissionais de saúde nas instituições e como políticas públicas globais e regionais. Conclusão: Os resultados deste estudo revelam elevada prevalência de distúrbios do sono e insônia tanto na percepção qualitativa quanto na análise quantitativa. São necessárias estratégias para mitigar esses efeitos e orientar políticas de promoção da saúde do sono destes profissionais.