Qualidade de vida de profissionais de saúde da linha de frente no pós pandemia da COVID-19

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Pinto, Hélcio dos Santos lattes
Orientador(a): Pedroso, Bruno lattes
Banca de defesa: Alves, Fabiana Bucholdz Teixeira lattes, Cantorani, José Roberto Herrera lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual de Ponta Grossa
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde
Departamento: Setor de Ciências Biológicas e da Saúde
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/4097
Resumo: A pandemia da COVID-19 ocasionou diversos impactos e dificuldades para a sociedade, assim como demandou adaptações constantes na atuação dos serviços de saúde, principalmente dos pacientes hospitalizados. Os profissionais de saúde atuantes na linha de frente enfrentaram sobrecarga de trabalho, sintomas físicos e psicológicos, devido ao rápido aumento de internações hospitalares, assim como pressões e demandas intensas. Este estudo tem por objetivo investigar o impacto na qualidade de vida que a atuação na linha de frente acarretou para os profissionais de saúde. Primeiramente, por meio de uma revisão sistemática, foi realizada uma busca de produções científicas que corroborassem sobre a atuação dos profissionais de saúde durante a pandemia frente a qualidade de vida. A busca foi realizada nas bases de dados ScienceDirect, Scopus e Scielo, por meio dos descritores: Quality of life AND COVID-19 AND Healthcare Workers. Foram encontrados 51 artigos nas bases de dados, dos quais após leitura na íntegra foram selecionados 39 para a análise. As publicações encontradas estão localizadas em todos os continentes, em que os diversos contextos culturais foram influentes na condução do enfrentamento do combate ao vírus. Foi identificado que médicos, enfermeiros, assistentes e fisioterapeutas foram os profissionais de saúde mais estudados e que as profissionais de saúde do gênero feminino foram as mais afetadas em decorrência da atuação na linha de frente. Ansiedade, bournout e depressão foram as patologias mais prevalentes nos sujeitos pesquisados, não restando evidente como foram manejados estes sintomas para o cuidado durante o período de atuação. Posteriormente, foram realizadas 25 entrevistas semiestruturadas com profissionais de saúde que compõem a equipe multiprofissional, partindo de cinco questões referenciais. As entrevistas foram gravadas, transcritas na íntegra e analisadas à luz da Análise de Conteúdo, proposta por Bardin (2011). Da coleta de dados emergiram cinco categorias temáticas, descritas como: “Eu não tinha mais uma vida fora do hospital”, “Aquele medo constante de perder as pessoas”, “Então hoje eu ainda lido com a ansiedade”, “Mar calmo nunca fez bom marinheiro” e “A gente passa a dar muito mais valor à vida”. Identificou-se que os maiores sentimentos e pensamentos mobilizados nos participantes foram o medo da morte, a ansiedade exacerbada, aprendizado decorrente da atuação, sobrecarga de trabalho e resiliência sobre a vida pessoal e profissional. Concluiu-se que houve um impacto importante na qualidade de vida dos profissionais de saúde frente às suas atuações na pandemia da COVID-19, no entanto, foram possíveis ressignificados saindo do polo de prejuízos para aprendizados e ensinamentos.