Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Borba, Maria de Fátima Alves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/180969
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Resumo: |
As políticas de transferências de renda no Brasil vieram com a proposta de fazer enfrentamento à fome, à pobreza e à miséria. A principal questão que esta pesquisa buscou responder como a juventude do campo se relacionara com o Programa Bolsa Família (PBF), quais foram suas estratégias ao acessá-lo e o que isso representou para o território camponês. Partimos da hipótese de que a decisão da juventude permanecer ou sair do campo também está associada aos limites e possibilidades das políticas públicas delineadas dentro do território. Portanto, este trabalho empregou uma pesquisa de campo com abordagem qualitativa realizada com a juventude do campo de famílias beneficiárias do PBF, em que considerou uma amostragem de duas comunidades: Taboado de Cima e Marinho, ambas localizadas no município de Boqueirão, situado no território do Cariri Oriental Paraibano. Destacou-se na pesquisa que a juventude quer residir no campo, mas encontra muitos desafios que dificulta a vida no território camponês. Referente às implicações do PBF sobre o território camponês, o mesmo favorece a reprodução do território em sua multidimensionalidade. No aspecto socioeconômico, possibilitou o movimento do mercado local das comunidades e do município, além de possibilitar o acesso aos direitos sociais básicos. Podemos dizer que a juventude do campo estabelece uma relação simbólico-cultural com o território camponês, criando uma identidade sócioespacial, assim, o PBF, a juventude e o território mantém uma ligação entre o concreto e o simbólico, no campo do (in)material. A decisão dos jovens de voltar para o campo, mesmo estabelecendo a mobilidade entre campo-cidade, se configurou uma decisão política, estabelecem diversas relações de poder entre diferentes contextos e realidades. Constatou-se que não existem políticas específicas para a juventude do campo em Boqueirão e as políticas transversais quase não chegam aos territórios camponeses, o que limita as possibilidades desses jovens de terem uma vida com mais dignidade. O PBF trouxe transformações significativas para seus beneficiários, porém, vimos que este não resolverá a questão da pobreza, pois serão necessárias mudanças estruturais nos aspectos socioeconômicos, políticos e ecológico do país. |