Entre forma e formação: sobre tragédia e filosofia em Schiller

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Lulli, Bárbara Ferrario
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/236735
Resumo: O filósofo e poeta Friedrich Schiller [1759-1805] pensou a tensão problemática do ser humano que, como cidadão de dois mundos, cindido entre razão e sensibilidade, vontade e necessidade, se deparou com um conflito no exercício pleno de sua liberdade. Assim, Schiller atribui à arte, especialmente à tragédia, a capacidade de tornar o ser humano livre, emancipando-o dos percalços que a modernidade lhe impôs em seu processo histórico, para colocá-lo sob a forma livre da arte trágica. Neste sentido, ele atribuiu elevada importância para a tragédia, pois ela seria um meio de reconciliação entre os opostos antagônicos que compõe o ser humano. A arte trágica convida seus espectadores para uma reflexão e, consequentemente, para o reconhecimento de suas emoções mais recônditas. É no palco, então, que a tragédia encontra espaço para expor simbolicamente as tensões da existência humana e a vontade por liberdade. Assim, a atividade lúdica da arte trágica é como um exercício para a vida, em que o ser humano se forma tal como é, em plena liberdade. Pode-se dizer que, para Schiller, a existência é um ato estético, pois sempre foi sinônimo de criação. Portanto, o objetivo desta pesquisa se configura em analisar a arte trágica, pensada por Schiller, e como ela contribui com o projeto filosófico-estético de Formação [Bildung] da humanidade.