O papel da filosofia para a formação em Schiller

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Sousa, Selmy Menezes de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/193096
Resumo: No centro do pensamento schilleriano está o problema da formação da humanidade – a questão acerca da Bildung. O estudo das cartas sobre A educação estética do homem (1795) revela uma profunda ligação entre as noções de Bildung e Spiel (jogo), daí a famosa sentença do autor: “o homem joga somente quando é homem no pleno sentido da palavra, e somente é homem pleno quando joga”. Onde há jogo, há formação. O jogo está na arte, mas não apenas; está na história, na filosofia, na alegria pelo cumprimento do dever, está na brincadeira da criança, está na natureza... o que define, afinal, o jogo schilleriano? Essa é a primeira questão que impulsiona esta pesquisa. Schiller parece sugerir que o jogo está na vida, e que especificamente na vida do homem o jogo está em toda atividade que tem em si mesma seu sentido e objetivo. Diante da complexidade do tema propusemos um recorte: em que medida a filosofia participa da ideia de jogo? Qual o papel da filosofia para a formação? Buscamos em toda a sua obra uma possível resolução, debruçamo-nos sobre seus textos teóricos e literários, mas sobretudo sobre suas Cartas estéticas, suas correspondências pessoais e, ainda, sobre o texto O que significa e com que finalidade se estuda a História Universal, referente à sua preleção inaugural como professor de história e filosofia na Universidade de Jena, em 1789. Estaria no plano histórico a principal contribuição da filosofia para a formação? O estudo das obras mencionadas leva a crer que sim. A atividade filosófica, através da reflexão que realiza sobre a história e sobre o destino da humanidade, liga-se à Bildung por ser a única capaz de tanto compreender o processo histórico pelo qual o homem se humaniza, como também de orientar esse processo, indicando a direção a ser tomada. A arte é parte fundamental do processo histórico de formação (como conhecidamente afirma Schiller e bem sabem todos os que se dedicam à interpretação de seu pensamento), mas é a filosofia que descobre e afirma isso e, portanto, pode guiar conscientemente o processo de formação em direção ao futuro. Este trabalho possui o objetivo de verificar essa hipótese.