Análise retrospectiva da doença do disco intervertebral cervical em cães tratados com descompressão cirúrgica por fenda ventral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Siqueira, Emerson Gonçalves Martins de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/256021
http://lattes.cnpq.br/8095870182537946
Resumo: O objetivo do presente estudo foi avaliar retrospectivamente cães com extrusão do disco intervertebral cervical, os quais foram tratados cirurgicamente pela descompressão por fenda ventral, realizada por um único cirurgião. Foram avaliados os prontuários médicos de 45 cães com massa corpórea inferior a 15 kg (10,35 ± 3,88), em um período de seis anos e oito meses. Entre os cães com raça (n=34), a maior porcentagem foi dos cães da raça Dachshund (29,4%), seguida pela Lhasa Apso (14,7%), Poodle (14,7%), Yorkshire Terrier (11,8%) e Beagle (11,8%). Havia também 24,4% (10/45) de cães sem raça definida. A idade média foi de 8,5 anos (± 3,65) e a duração média dos sinais clínicos antes da cirurgia foi de 34,16 dias (± 26,86). Na avaliação pré-operatória, todos os cães apresentavam hiperpatia cervical, sendo em três cães apenas este sinal clínico (Grau 1). Por sua vez, nove tinham tetraparesia ambulatória e 33 não ambulatória (Grau 4). Pela análise estatística, ocorreu correlação positiva moderada entre o grau de lesão medular observado no quadro clínico inicial com a deambulação pré-operatória. O diagnóstico definitivo foi efetuado por ressonância magnética (n=25), mielotomografia computadorizada (n=10), tomografia computadorizada (n=8), ressonância magnética e tomografia (n=1), e mielografia (n=1). A lesão discal foi localizada entre C2-C3 (n=15), C3-C4 (n=10), C4-C5 (n=7), C5-C6 (n=9), C6-C7 (n=2), C7-T1 (n=2). As complicações transoperatórias foram lesão do seio venoso (n=4), material discal aderido à dura-máter (n=4), respiração agônica (n=2) e lesão da artéria vertebral com óbito (n=1). As complicações pós-operatórias foram necessidade de manutenção em ventilação mecânica (n=1), piora da ataxia (n=2), piora da hiperpatia cervical (n=2) e infecção superficial do sítio cirúrgico (n=4), com uma eutanásia decorrente de lesão do seio venoso. Outros três animais vieram ao óbito ou foram submetidos à eutanásia por alterações não relacionadas à técnica cirúrgica. Aos 90 dias de pós-operatório, 36 animais tinham Grau 0 (normal) e três Grau 2. Conclui-se que cães com menos de 15 kg tratados pela descompressão por fenda ventral apresentam uma taxa de sucesso de 95,2%, considerando-se apenas as complicações associadas ao procedimento cirúrgico.