Quimionucleólise cervical associada à fenda ventral em cães: avaliação clínico-cirúrgica, radiográfica e histológica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Daibert, Ana Paula Falci
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Biotecnologia, diagnóstico e controle de doenças; Epidemiologia e controle de qualidade de prod. de
Mestrado em Medicina Veterinária
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/4994
Resumo: Foram avaliados os aspectos clínico-cirúrgicos, radiográficos e histológicos de discos intervertebrais cervicais após quimionucleólise com quimiopapaína associada à fenda ventral. Foram utilizados 24 cães separados, aleatoriamente, em seis grupos iguais e de acordo com o tempo de observação pós-operatório. A fenda ventral foi realizada na região do disco intervertebral C2-C3 e as quimionucleólises nos demais discos cervicais. Cada grupo de quatro animais foi eutanasiado por sobredose anestésica 24 horas, oito, 30, 60, 90 e 120 dias após aplicação da enzima e foram obtidos cortes sagitais dos discos intervertebrais tratados, associados a estruturas cartilaginosas e ósseas adjacentes, para análise histológica. Os cães foram também avaliados, de acordo com o grupo, clinica e radiograficamente por até 120 dias. Todos os cães toleraram bem o procedimento cirúrgico, não apresentando déficit neurológico, alteração do estado de consciência e dor aparente na região cervical. Na avaliação radiográfica, com 24 horas, observou-se marcada redução da espessura dos espaços intervertebrais. Do oitavo ao 90º dia, foi verificada ausência total de espaço intervertebral na região de todos os discos tratados. Aos 120 dias, entretanto, as espessuras dos espaços intervertebrais correspondiam, em média, a 59,13% da espessura anterior ao procedimento. Ainda, radiograficamente, verificou-se aos 30 dias, absorção das porções dos corpos vertebrais adjacentes aos discos tratados, que progrediu para reparação, inclusive com evidências de fusão vertebral aos 120 dias. Na avaliação histológica, 24 horas após a quimionucleólise, foi observada digestão nuclear caracterizada por cavitações e redução da intensidade de coloração pela safranina-O, indicando perda de proteoglicanos. Aos oito dias, o conteúdo nuclear apresentou-se ainda vacuolizado, contudo mais fibrilar. Aos 30 dias, foram observadas lesões e áreas de hemorragia nas placas terminais cartilaginosas. A partir do 60º dia, notou-se a presença de material amorfo no espaço nuclear, que, aos 120 dias, tinha aparência de tecido fibrocartilaginoso. Aos 90 dias, verificou-se presença de microfraturas e osteonecrose, que estavam reparadas aos 120 dias. A quimionucleólise com quimiopapaína concomitante à fenda ventral na coluna cervical de cães determinou a lise dos discos intervertebrais, instabilidade cervical e lesões nas estruturas cartilaginosas e ósseas adjacentes, que tendem à reparação por tecido fibrocartilaginoso ao longo do tempo. Os trabalhos apresentados como parte integrante desta tese estão seguindo as normas de publicação do Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Minas Gerais, indexada ao ISI, AGRIS, BIOSIS, CAB, CAS, MEDLARS e LILACS. ISSN 01020935.