Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Zanchetta, Heloísa Bacchi |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/190992
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Resumo: |
Nas últimas décadas, podemos observar uma crescente demanda de estrangeiros por aprender português. Em vista disso, houve um aumento de cursos de português como língua estrangeira oferecidos em universidades brasileiras a fim de atender uma parcela dessa demanda. Desse modo, torna-se necessário refletir sobre esse contexto de imersão que se mostra culturalmente rico, bem como sobre a formação de professores dessa especialidade. Assim, este trabalho, inserido no campo da Linguística Aplicada, visa a discutir e a contribuir para o ensino e aprendizagem de Português como Língua Estrangeira (doravante PLE), a partir de uma análise das relações inter-transculturais do perfil do estrangeiro aprendiz em contexto de imersão, observando como acontecem as (re)construções de identidade desses sujeitos em contato com a língua portuguesa e a cultura brasileira. Também nos propomos a investigar como os professores de um curso de PLE tratam os aspectos inter-transculturais e de que maneira as práticas pedagógicas desenvolvidas por eles se relacionam às perspectivas e aos perfis dos alunos aprendizes. Para cumprir esses objetivos fizeram-se necessários os seguintes instrumentos metodológicos: aplicação de questionários (inicial e final) aos aprendizes, realização de entrevistas com os mesmos e aplicação de um questionário aos professores de PLE. As relações inter-transculturais são consequência da diversidade e complexidade das culturas modernas e se referem ao amálgama de diversas culturas que transcendem fronteiras e se encontram, integrando a sociedade. Por isso, os pressupostos teóricos que norteiam este trabalho destacam a relação intrínseca entre língua e cultura, junto à importância do conhecimento desta última na aprendizagem de línguas (KRAMSCH, 1998; MENDES, 2010; AGAR, 2002; JIN & CORTAZZI, 1998), a questão da identidade no ensino de línguas (CORACINI, 2003; SERRANI-INFANTI, 1998; REVUZ, 1998), a abordagem comunicativa intercultural no ensino-aprendizagem de línguas (BYRAM, 1997; MENDES, 2008, PAIVA & VIANA, 2014) e a comunicação transcultural neste mesmo âmbito (KRAMSCH, 2012, MEYER, 1991; DOFF, 2009). Por meio de análises e discussões dos dados, foi possível perceber a atitude de abertura cultural da maioria dos aprendizes, bem como a constante (re)construção de suas identidades a níveis de ora identificação e ora estranhamento em relação à cultura brasileira. Os professores de PLE também demonstraram a transformação de identidade à medida que refletiram linguisticamente sobre o ensinar português como língua estrangeira. Consideramos, portanto, que o processo pelo qual os alunos passaram foi de extrema importância para ampliar suas visões de mundo, bem como ressignificar suas identidades à luz da compreensão inter-transcultural. O mesmo é válido para os professores que puderam refletir sobre a ação docente na esfera do PLE. |