Performance do exame andrológico, sêmen plasma aglutinação modificada, soroaglutinação microscópica, pcr e sequenciamento no diagnóstico da leptospirose no sêmen e soro de touros bovinos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Maiolino, Sérgio Ricardo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/191378
Resumo: A leptospirose permanece como uma das zoonoses mais prevalentes de origem bacteriana em todo o mundo, particularmente em países de clima tropical. Devido às características peculiares das leptospiras, a doença é negligenciada ou subdiagnosticada em animais de produção. A maioria dos estudos com bovinos têm focado a doença apenas em vacas. Neste cenário, em virtude dos riscos de infecção do trato reprodutivo de touros e da eliminação do patógeno pelo sêmen, o presente estudo investigou a soroaglutinação microscópica (SAM) com antígenos vivos em 203 touros bovinos adultos em idade reprodutiva, em regime de monta natural, sem sinais aparentes de orquite ou inflamação de glândulas acessórias. Simultaneamente, o sêmen dos touros foi submetido ao exame andrológico e a reação em cadeia pela polimerase (PCR) convencional utilizando o gene 16S rRNA. Resultados positivos na PCR convencional foram confirmados por sequenciamento. A sêmen plasma aglutinação (SPA) modificada foi realizada substituindo o soro sanguíneo pelo plasma seminal no teste da SAM. O ejaculado de oito (8/203=3,9%) touros foi considerado inapto à reprodução (necrospermia e azoospermia). Não foram identificadas aglutininas anti-Leptospira na SPA. Foi observada alta frequência (132/203=65%) de títulos na SAM, particularmente para sorovares do sorogrupo Sejroe, e.g., Hardjo CTG (100/203=49,3%), Wolffi (74/203=36,4%), Guaricura (72/203=35,5%) e Hardjoprajitno (56/203=27,6%). O sêmen de três (3/203=1,5%) touros foram positivos na PCR (16S rRNA), embora estes animais foram negativos na confirmação por PCR com os genes Lep1 e Lep2 e sequenciamento. A alta frequência de sorovares do sorogrupo Sejroe - adaptados a espécie bovina - indica a necessidade de realização de diagnóstico periódico e adoção de medidas de controle e profilaxia contra a leptospirose bovina, particularmente para evitar a transmissão entre os bovinos, os prejuízos econômicos caracterizados por distúrbios da esfera reprodutiva, bem como devido à preocupação em saúde pública. Na literatura consultada, o exame andrológico, a investigação de aglutininas anti-Leptospira no sêmen na SPA, e a confirmação de reações positivas na PCR convencional de sêmen utilizando o sequenciamento foram pesquisados, pela primeira vez, no diagnóstico da leptospirose em touros bovinos.