Soroprevalência e fatores de risco associados a leptospirose em equinos reprodutores no Estado de Santa Catarina, Brasil, nos anos de 2016 e 2020

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Aragão, Aline Tamye Izutani
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-03012022-113002/
Resumo: A leptospirose possui distribuição mundial, sendo considerada uma das zoonoses mais importantes do mundo, podendo acometer os animais e humanos das mais variadas formas. Apesar dos estudos sobre soroprevalência da leptospirose em equinos demonstrarem que a exposição dos cavalos ao agente patogênico é alta, a maior parte dos animais é acometido de forma subclínica, gerando grandes prejuízos na criação de cavalos no Brasil e no mundo. O objetivo deste trabalho é avaliar a soroprevalência da leptospirose em equinos utilizados para a reprodução nos anos de 2016 e 2019 no Estado de Santa Catarina e os fatores de risco associados. No estado de Santa Catarina, nos anos de 2016 foram coletados soro sanguíneo de 305 equinos e em 2019 e 2020 um total de 103. O teste empregado foi o da Soro Aglutinação Microscópica (MAT). No ano de 2016, 145 (47,5%) apresentaram anticorpos anti Leptospira spp., enquanto 2019 e 2020 apenas 34 (33%) foram soropositivos. Quanto a fatores de risco, no ano de 2016 os fatores que apresentaram significância estatística para o tipo de reprodução, onde a monta natural se apresentou como um fator de risco, assim como éguas que tiveram reabsorção fetal e animais que viajaram. Quanto aos sorogrupos mais prevalentes no ano, tivemos o Icterohaemorrhagiae sorovar Icterohaemorrhagiae (22,8%), Pomona sorovar Pomona (18,6%) e Icterohaemorrhagiae sorovar Copenhageni (14,3%). O Sorogrupo Panama sorovar Panama apenas 1 exemplar com titulação de 1600 indicando uma fonte de infecção ativa do sorogrupo no estado. Quanto aos sorogrupos mais prevalentes nos anos de 2019-20, tivemos o Cynopteri sorovar Cynopteri (12,4%), Pomona sorovar Pomona (12,4%) e Australis sorovar Australis (6,2%). Tanto o sorogrupo Panama sorovar Panama como o Cynopteri sorovar Cynopteri não pertencem a lista de sorovares presentes nas vacinas comerciais disponíveis para cavalos. O Estado de Santa Catarina evidenciou uma ampla distribuição de soroprevalentes, podendo haver influencias climáticas e de educação continuada na prevalência da doença. O monitoramento epidemiológico da doença em equinos se faz necessário para a criação de programas efetivos de controle da zoonose no estado.