Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Civitate, Juliana Pires [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/150238
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Resumo: |
Introdução: Pacientes portadores de doença renal crônica (DRC), tanto em tratamento conservador como dialítico, apresentam um elevado risco de doenças cardiovasculares (DCV). Além dos fatores de risco tradicionais para a aterosclerose, a inflamação é uma complicação particularmente importante na DRC. A presença de sobrecarga ventricular esquerda (SVE) com alterações eletrocardiográficas e a ocorrência de hipertensão arterial resistente (HAR) também são problemas muito frequentes e de elevada gravidade nessa doença. A prevalência de hiper-hidratação (HH) nos estádios iniciais da DRC ainda não é clara e existem poucos estudos nessa população que relacionam a DRC, inflamação, HVE e HAR. Objetivo geral: Avaliar a associação de fatores demográficos, clínicos, nutricionais, e inflamatórios e o volume de água corporal em pacientes nos estádios 2 a 5 da DRC. Metodologia: Estudo transversal que avaliou 39 pacientes em tratamento conservador da DRC quanto aos parâmetros demográficos, clínicos, nutricionais e inflamatórios. Os pacientes foram classificados como hiper-hidratados quando o HH ≥ 1,1L, calculado por intermédio da bioimpedância multifrequencial (BM), que foi utilizado para definir excesso de água corporal total. A amostra foi estratificada de acordo com o estado de inflamação, presença de HVE e presença de HAR. Para a estatística foi considerado significante o valor de p0,05. Resultados: A média de idade dos indivíduos foi de 70 ± 14,0 anos, sendo 64% do sexo masculino, 87% de raça branca, 44% com diabetes mellitus (DM) e a doença renal de base mais frequente foi hipertensão (46%). A prevalência de HH foi de 23%, segundo a BM. Os pacientes com inflamação apresentaram uma taxa de filtração glomerular estimada e triglicérides significantemente menores (p=0,027 e p=0,038) e maior pontuação do malnutrition-inflammation score (MIS) (p=0,038). Os pacientes com HAR mostraram maior frequência de DM (p=0,025), maior frequência e valor de HH (p=0,014 e p=0,029) e um equivalente protéico de aparecimento de nitrogênio normalizado (nPNA) significantemente menor (p=0,040). Já os indivíduos com SVE apresentaram menor frequência de raça branca (p=0,001), maior MIS (p=0,031), valores dos dados da BM denotando menor massa magra e maior porcentagem de massa gorda, maior paratormônio sérico (p=0,008) e menor ingestão de fósforo (p=0,048). Conclusão: A prevalência de HH foi de 9 em 39 (23%). De maneira geral, a HH associou-se à HAR e à SVE, não associou-se à inflamação, à ingestão de sódio e à presença de edema. Esses dados, tomados em conjunto, nos levam a crer que o exame de BM pode ser útil no manejo dos pacientes em tratamento conservador da DRC, guiando a terapêutica nutricional e medicamentosa com diuréticos. |