Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Vasconcelos, Milena Miranda |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/182458
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Resumo: |
Fundamento: A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de doença cardiovascular. Quando a mulher hipertensa engravida, ocorre uma nova condição hemodinâmica, com adição da situação de sobrecarga crônica de pressão à situação de sobrecarga crônica de volume. Essa nova condição hemodinâmica pode propiciar maior hipertrofia miocárdica (HVE), sendo que sua evolução após o parto ainda é pouco estudada na literatura. Suspeita-se que as mulheres hipertensas que apresentaram HVE durante gestação mantenham essa alteração cardíaca após o parto. Objetivos: Avaliar a hipertrofia miocárdica em mulheres hipertensas no terceiro trimestre da gestação e após seis meses do parto e estabelecer quais variáveis clínicas estão associadas com risco aumentado de hipertrofia miocárdica. Métodos: Estudo prospectivo longitudinal incluindo 41 mulheres gestantes com idade gestacional acima de 35 semanas e com diagnóstico prévio de HAS, acompanhadas no Ambulatório de Pré-Natal de Hipertensão Arterial do Serviço de Obstetrícia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP. Foram submetidas às avaliações clínica e ecocardiográfica em dois momentos, período gestacional e período de seis meses após o parto. A HVE foi definida para índice de massa do ventrículo esquerdo indexada pela altura (IMVE) ≥ 45g/m2,7. Análise estatística: regressão logística multivariada com as exposições mais fortemente associadas com a manutenção da HVE na análise univariada. Nível de significância p<0,05. Resultados: A média de idade foi de 29 ± 6,2 anos; a idade gestacional média de 36,7±1,18 semanas e com número médio de 1±1,3 gestações. A maioria das mulheres era branca (85,4 %). Antes da gestação 23 (59%) mulheres utilizaram medicações anti-hipertensivas e 28 (71,8%) utilizaram durante a gestação. No final da gestação, todas as mulheres apresentaram HVE, e 79% mantiveram HVE após seis meses do parto. Na análise multivariada, as exposições significantemente associadas com a manutenção da HVE foram: aumento da pressão arterial sistólica (PAS) no final da gestação, com OR=1,16 (1,03-1,30); p=0,013 e aumento da PAS aos seis meses após o parto em relação ao momento final da gestação, com OR=22,9 (1,8-294); p=0,016. Conclusões: Em gestantes hipertensas, a frequência de HVE no final da gestação é elevada, e a frequência de reversão desta hipertrofia após seis meses do parto, é muito baixa. O aumento da pressão arterial sistólica aos seis meses após o parto está associado com a manutenção da hipertrofia. Estes resultados justificam o seguimento destas mulheres jovens e assintomáticas com cardiologista, pois a hipertrofia miocárdica mantida impõe o diagnóstico de estágio B proposto pela classificação da American Heart Association (AHA) de insuficiência cardíaca, com risco de evolução para disfunção ventricular sintomática. |