Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Palmeira, Natascha Gonçalves Francisco [UNIFESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de São Paulo
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11600/63627
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Resumo: |
Introdução: A ascensão matinal da pressão arterial (AM) é dada pela diferença entre a pressão sistólica matinal (caracterizada pela média dos níveis pressóricos nas primeiras duas horas após o despertar) e a menor pressão sistólica durante o sono (definida pela média da pressão mais baixa e das pressões imediatamente antes e após a mais baixa do sono). É um fenômeno fisiológico e quando elevada é considerado um fator de risco independente para eventos cardiovasculares. Objetivo: Avaliar a relação da AM com a hipertrofia ventricular esquerda (HVE) em hipertensos obesos [Índice de massa corpórea (IMC) > 30 kg/m2]. Métodos: Este estudo retrospectivo avaliou as medidas da pressão arterial (PA) por meio da monitorização ambulatorial da pressão arterial de 24 horas (MAPA) e as medidas da massa ventricular esquerda (MVE) pelo ecocardiograma (ECO), realizados em hipertensos em tratamento ambulatorial no setor de Cardiopatia Hipertensiva da Universidade Federal de São Paulo. Foram incluídos consecutivamente 203 pacientes separados em dois grupos definidos pelo IMC: [grupo (1) não obesos, n=109]; [grupo (2) obesos, n=94]. Resultados: A mediana de idade nos dois grupos não foi significativamente diferente. No grupo 1, 59,3% (n=54) tiveram AM >20 mmHg e no grupo 2 40,6% (n=37), p=0,001. A presença da HVE foi de 25,6% (n=20) nos não obesos e de 74,3% (n=58) nos obesos, p=0,001. As médias das pressões sistólicas e diastólicas no período de 24 horas, na vigília e no sono nos obesos, com ou sem HVE, não foram diferentes, p >0,05. No grupo 1, o descenso do sono (DS) presente (queda da PA no sono > 10%) correspondeu a 73% (n= 27) desta população com AM > 20 mmHg, p=0,02, em contrapartida, no grupo 2, 66,7% (n = 36) tiveram DS presente e AM > 20 mmHg, p=0,03. Na associação da porcentagem do DS, com AM > 20 mmHg e a presença de HVE, no grupo 1 não houve significância estatística, p=0,80. Na regressão logística binária para a análise multivariada, a AM elevada nos hipertensos obesos foi associada a uma chance de 2,8 vezes com a presença de HVE [OR=2,8; IC 95%= (1,12 – 6,98) p=0,023]. Conclusão: A intensidade da AM associou-se positivamente com a HVE nos hipertensos obesos. |