Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Pasian, Fernanda |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/253296
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Resumo: |
Esta dissertação tem como objeto de pesquisa os mapas da violência de gênero desenvolvidos por ativistas independentes ou por organizações de mulheres na América Latina, que se apresentam com diferentes finalidades: comunicar, monitorar, denunciar e/ou produzir dados. A partir da seleção de iniciativas disponibilizadas em plataformas de georreferenciamento que permitem exibir ou suprimir as camadas de dados sobre determinado território, questiona-se: como a perspectiva de gênero orienta a criação dessas produções, compreendidas a partir da definição de suas temáticas? O objetivo foi entender quais estratégias comunicacionais são empregadas – e como são – considerando as temáticas predominantes, os tipos de informações disponibilizadas, os formatos de visualização dos dados, as metodologias desenvolvidas pelas mapeadoras e as ações de divulgação que realizam. Por meio das pistas para o método da cartografia (Kastrup e Barros, 2020), compreendidas em um panorama comunicacional de movimentos e territórios no intuito de “criar com” (Rosário, 2018) e da análise documental dos mapas, entende-se que essas iniciativas têm “natureza performativa, participativa e política” (Suárez Val, 2021) e desenham territórios de medo, mas também de modos de resistências coletivas, pois produzem dados que desafiam o poder (D’Ignázio e Klein, 2020). Os recortes temáticos e as técnicas de produção e visualização dos dados apresentam correlações e contrastes que evidenciam como as metodologias feministas (Lan e Rocha, 2020), as estratégias de comunicação politizadas (Alfaro, 2002 e 2015) e à ideia de que a perspectiva de gênero deve ser um eixo transversal no ensino (Cremona e Spinelli, 2013) mobilizam outras possibilidades de habitar espaços – os geográficos, os simbólicos e de decisão – combatendo os espaços de medo (Kern, 2021) e apontando caminhos para promover uma comunicação transgressora (Nos-Aldás e Fanté, 2021) e, também, para um laboratório de experiências coletivas para inventar possíveis (Maidana, 2019) que transforme estruturas e promova um mundo mais justo. |