Peço licença às minhas mais velhas: mulheres negras, agência política e ancestralidade, em São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Araujo, Ayni Estevão de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/216893
Resumo: Esta tese tem por objetivo compreender a agência política de mulheres negras, através de diversos movimentos sociais. Parte-se do princípio de que, na medida em que essas foram e são fundamentais nos processos políticos de resistência da população negra na extensão do continente africano; suas agências, ou, seus fazeres políticos, devem ser compreendidos a partir de suas vivências, não apenas em movimentos negros ou feministas. Com esse objetivo, trajetórias políticas de seis mulheres inseridas em contextos de militância diferentes na grande São Paulo são trazidas à construção dessa tese, formando um corpus plural que destaca não necessariamente um movimento de mulheres negras, mas mulheres negras em movimento. São diversas no que diz respeito à formação política, faixa etária, religiosidade, classe e orientação sexual. Se por um lado, as diferenças enriquecem a reflexão, na medida em que permitem que desessencialização do sujeito coletivo “mulher negra”, expondo sua complexidade; por outro, favorecem a leitura de circunstâncias recorrentes ainda que em contextos diversos, possibilitando encontrar eixos e princípios a partir dos quais podemos pensar o fazer político dessas mulheres. A perspectiva a partir da qual se pensa a agência dessas mulheres é o da Filosofia Ubuntu. Ela é a base sobre a qual se entende a construção das sujeitas, as relações que estabelecem em seus movimentos e, sobretudo, possibilita perceber esses fazeres desde um ponto de vista da continuidade, do movimento e da ancestralidade.