Paisagem, cultura e religiosidade: a percepção do espaço através do Fengshui

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Taira, Alice
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
• Palavras-chave em Português: Geografia; Paisagem cultural; Fengshui; Oriente; Geography; Cultural landscape; East
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/237486

A paisagem é um conceito chave na Geografia Cultural, conceito esse que se transformou desde finais do século XIX até a significativa renovação desse campo teórico a partir dos anos 70. Tanto no que se refere à morfologia da paisagem descrita por Sauer, quanto à ideia de paisagem e formação social e seus aspectos simbólicos na visão de Denis Cosgrove, esse conceito tornou-se abrangente e dialógico, envolvendo diferentes áreas do conhecimento no contexto europeu-ocidental a partir do Renascimento. Entretanto, recorremos aqui à contribuição de Yi-Fu Tuan e aos estudos de Augustin Berque para compreender o conceito de paisagem no Oriente (China), onde a aproximação entre o homem e o meio, o mundo físico e o sensível não estão dissociados. Nessa pesquisa, a paisagem seguirá a vertente cultural com desdobramento na abordagem oriental para melhor aproximação com o fengshui (vento e água), elementos de uma tradição milenar chinesa, que propõe o ordenamento do espaço, orientando para a melhor localização de construções humanas destinadas à moradia, ao trabalho e ao lazer. Concebido na China antiga, o fengshui possui elementos da filosofia Taoísta, da numerologia, da astrologia e faz uso dos fundamentos geomorfológicos para melhor compreensão das formas de relevo e de cursos d’água, associados às manifestações do espírito humano, sentimentos e sistema de crenças. A instalação em local apropriado permite uma vida segura, próspera e em harmonia com o meio ambiente.