Paisagem Cultural: desafios na construção e gestão de uma nova categoria de bem patrimonial.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Costa, Luciana de Castro Neves
Orientador(a): Serres, Juliane Conceição Primon
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Memória Social e Patrimônio Cultural
Departamento: Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/6196
Resumo: Compreendida como uma porção espacial representativa do processo de interação entre sociedade e meio ambiente, a partir de suas marcas e dos valores atribuídos, a categoria de Paisagem Cultural figura dentro de um movimento de ampliação da compreensão de patrimônio cultural. Partindo deste conceito amplo, esta pesquisa visa analisar o processo de construção da categoria de Paisagem Cultural, tanto pela UNESCO quanto pelo IPHAN, buscando analisar as relações dialógicas que tal entendimento propõe-se a articular entre natural e cultural, bem como os valores que orientam a seleção e gestão desta tipologia de bem patrimonial. Busca-se ainda compreender sua implementação enquanto instrumento de preservação, a partir do estudo de caso de Testo Alto (Pomerode) e Rio da Luz (Jaraguá do Sul), dois núcleos rurais integrados em Santa Catarina, que constituem a única Paisagem Cultural Brasileira declarada até o momento. Para tanto, este trabalho utiliza como suporte metodológico pesquisa bibliográfica e documental, e entrevistas semiestruturadas. Como resultados alcançados por meio desta pesquisa, podemos perceber que, apesar desta categoria possibilitar o enquadramento de referentes patrimoniais até então não contemplados nas políticas de preservação, a partir de um conceito síntese, algumas dificuldades de implementação ainda se impõem, como o enquadramento do urbano como Paisagem Cultural, a gestão da dinamicidade da paisagem como patrimônio e, principalmente no Brasil, a complexidade do instrumento de gestão adotado, constituído pelo pacto de gestão compartilhada.