Oriente-se, Brasil: a presença da cultura indiana no cenário musical brasileiro (1968-2012)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Santos, Nívea Lins
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/193143
Resumo: Esta Tese teve por finalidade mapear e compreender o sentido histórico da presença da cultura indiana no cenário musical brasileiro, do período da contracultura até o início dos anos 2000 na era da globalização. Durante a segunda metade do século XX, a busca pelo Oriente no Ocidente se configurou de forma ainda mais ampla e contraditória, ora sendo materializada por encontros ora por desencontros em meio ao avanço da sociedade pós-moderna. Diante disso, na contracultura brasileira houve também um interesse maior pela cultura indiana como uma das frentes disruptivas em relação à faceta sórdida da racionalidade capitalista ocidental, bem como acerca das mazelas da ditadura civil-militar do Brasil. No âmbito da música, a cultura indiana foi explorada tendo em vista a efervescência dos anseios utópicos, a fim de abrir espaços para experimentalismos formais e timbrísticos. Posteriormente, perante a expansão da mundialização da cultura na globalização, por um lado essa busca pelo Oriente (e, obviamente, pela cultura indiana) foi sistematizada como segmento de mercado, especialmente aqueles vinculados à New Age e à World Music, e por outro lado, foi também matéria-prima para as inventividades da música universal. A partir de tais premissas, percebeu-se, portanto, a necessidade de investigar os porquês e as formas de consolidação dessa presença da cultura indiana no cenário musical brasileiro, uma vez que houve uma considerável produção fonográfica nesse longo período, perpassando tanto a canção popular quanto a música instrumental.