A vibe da cascatinha : ecologia sonora, psicodelia e outras loucuras no Festival de Música Pira Rural

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Rocha, Caio Prestes Góes
Orientador(a): Braga, Reginaldo Gil
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/252460
Resumo: Este trabalho é uma etnografia musical do Festival de Música Pira Rural, com escuta atenta às relações entre ecologia sonora, sustentabilidade, psicodelia, contracultura, comunidade, (trans)localidade e ruralidade. O Pira Rural é realizado desde 2010 no final de semana de páscoa na mesma propriedade rural no município de Ibarama, região Centro-Serra do Rio Grande do Sul. A cada edição, centenas de pessoas acampam no local, o vivenciam-no intensamente, juntamente à convivência, consumo de alimentos e bebidas de cultivo e produção caseira e ecológica no próprio espaço e propriedades familiares nos arredores, e principalmente shows autorais de musicistas independentes autorais sem espaço na mídia hegemônica. O público e os musicistas atuantes no festival são em grande maioria provenientes de diferentes regiões do Rio Grande do Sul, e gradualmente deixaram de ser quase só do rock psicodélico – apesar deste permanecer presente – para manifestarem estéticas musicais cada vez mais hibridizadas e diversas. Essas músicas têm em comum a ligação com valores comunitários, libertários, inclusivos e/ou ecológicos caros à contracultura – tradição em que esse tipo de festival parece se inserir. A partir da proposta de ecologia sonora de Jeff Titon e discussões sobre acustemologia, ecomusicologia, literatura sobre festival, comunidade efêmera, contracultura e psicodelia, além de escutas e observações etnográficas feitas virtual e presencialmente, em especial extensas entrevistas com participantes do evento, analiso como o Pira Rural produz sentimentos comunitários e estimula musicistas independentes do estado e além, entrelaçadamente a uma maior conscientização ambiental e divulgação de práticas ecologicamente sustentáveis entre seu público.