Características silviculturais e fungos associados a diferentes arbóreas nativas em três posições do terreno na bacia do córrego Lava-pés

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Santos, David Vitor dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181050
Resumo: O Brasil possui uma infinidade de espécies arbóreas com elevado potencial para a produção de madeira, bem como componente de paisagem, de conservação, fixação de carbono e também recuperação de áreas degradadas. Portanto, há uma grande necessidade de estudos relacionados a árvores de espécies nativas. Isso se deve não só pela importância que as florestas nativas têm para o ecossistema, mas também pela necessidade de descrever aspectos relevantes quanto à sobrevivência, produção, fenologia, comportamento em determinados ambientes e às diversas doenças que incidem sobre as espécies, pouco relatadas na literatura. Todavia, a identificação de doenças em plantas nativas não é uma tarefa fácil, devido à falta de informações na literatura e também pelo comportamento dos fungos quando isolado. Novos patógenos podem originar-se da floresta, quando as essências nativas e/ou exóticas passam a ser cultivadas em escala comercial, sendo a identificação de elevada importância a fim de evitar danos. Este trabalho teve por objetivo avaliar a sobrevivência, crescimento, produção, fenologia e doenças em diferentes espécies de árvores nativas do Brasil, plantadas em área de declive. A área foi dividida em três blocos, sendo baixa encosta (BE), meia encosta (ME) e Topo (TP). Avaliaram-se parâmetros concernentes à taxa de mortalidade das espécies, alturas totais, diâmetro, volume e fenologia das espécies. Para identificação das doenças, o plantio foi acompanhado pelo período de um ano, a fim de determinar sua distribuição nas espécies. As plantas com sintomas foram fotografadas com o objetivo de auxiliar na identificação dos respectivos agentes etiológicos associados. Foram feitas avaliações na área a cada 15 dias a fim de verificar a ocorrência de doenças e sua distribuição nas três regiões do terreno. Os resultados evidenciaram que o declive do terreno influencia diretamente na sobrevivência, crescimento e volumetria de espécies nativas, entretanto não foi observado efeito desse fator na fenologia das espécies. Foram identificadas doenças com elevada incidência nas espécies, sendo todas causadas por fungos, cujos principais gêneros são Colletotrichum sp., Pestalotia sp., Alternaria sp. e etc. A identificação morfológica e molecular revelou que muitos patógenos ainda não foram relatados na literatura e outros estudos precisam ser realizados, pois existe uma grande carência de informações relacionadas a ampla e diversa gama de espécies nativas do Brasil bem como as principais doenças que podem provocar sérios danos em seu desenvolvimento.