Amostras virtuais no monitoramento da produção florestal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Lima, Natália da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/153248
Resumo: A elevada produtividade do eucalipto ocasiona a necessidade do domínio de técnicas e ferramentas precisas acerca dos povoamentos florestais, como o inventário florestal, procedimento fundamental para o monitoramento da produção que permite o conhecimento do máximo potencial das florestas, além disso, é essencial para o planejamento de atividades de corte, colheita e suprimento de madeira. As técnicas convencionais para o levantamento da produção florestal utilizam-se de métodos tradicionais de estatística (estatística clássica), considerando apenas a adoção de valores médios para a tomada de decisões, não explorando as correlações espaciais que possam existir entre as parcelas amostrais. Então, um tipo de interpolador geoestatístico que permite definir a estrutura de dependência espacial dos dados é a krigagem, que juntamente com a metodologia de amostras virtuais, pode-se tornar uma alternativa viável para obtenção de um variograma com modelagem aceitável. Desta forma, o objetivo geral deste estudo foi empregar a metodologia de amostras virtuais no planejamento da malha amostral do inventário florestal, a fim de possibilitar a determinação de um número de parcelas que possam ser estabelecidas na área para obtenção de produtividade, sem que haja perda de precisão ou aumento de custos. A área de estudo abrange uma área plantada de 287,66 ha, pertencente a empresa Eucatex S/A, localizada em Itatinga, no estado de São Paulo. Os dados dendrométricos de volume (m³.ha-1) foram obtidos por meio de inventários realizados pela própria empresa, utilizando-se 32 parcelas retangulares permanentes, para os inventários florestais contínuos (IFC) e 32 parcelas retangulares permanentes mais 66 temporárias, para o inventário pré-corte (IPC). Os seguintes passos foram realizados com os dados de IFC para espacialização dos dados originais, no programa ArcGIS: aplicação de uma estatística univariada sobre a variável volume/ha; geração do variograma experimental; ajuste do variograma; validação do modelo teórico; aplicação da krigagem; geração de mapas de produtividade ano a ano. Posteriormente, 47 amostras virtuais foram inseridas na malha amostral dos inventários contínuos, considerando apenas as parcelas permanentes (32 parcelas), sendo que 10 parcelas foram selecionadas previamente para a validação externa; a análise geoestatistica se deu com as amostras virtuais mais as amostras permanentes restantes, totalizando 69 parcelas. Comparando-se os métodos, observou-se pela validação cruzada que o erro médio e a correlação entre valores observados e estimados melhoraram adicionando-se amostras virtuais, possibilitando um melhor ajuste do variograma e obtenção de estimativas favoráveis. A comprovação da eficácia da metodologia de inserção das amostras, chamada de validação externa, deu-se pelo cálculo da média do erro médio, que foi igual a 6,8% em volume, em relação ao inventário real. Desta forma, a técnica de inserção de amostras virtuais pode ser utilizada, mostrando-se satisfatória para o planejamento da próxima malha para posteriores análises geoestatísticas, em plantios equiâneos.