Criopreservação de sêmen bovino com dois diluentes comerciais suplementados com astaxantina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Carrer, Alessandra Regina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/234898
Resumo: Neste estudo o objetivo foi avaliar a suplementação com astaxantina em meios diluidores comerciais de criopreservação de sêmen bovino, à base de gema de ovo (Experimento 1) e à base de lipossomas (Experimento 2), quanto à motilidade, morfologia, integridade das membranas plasmática e acrossomal, potencial de membrana mitocondrial e estresse oxidativo. Foram utilizados seis touros da raça Nelore e colhidos sete ejaculados de cada animal (N=42). Cada ejaculado foi dividido para receber um dos seguintes tratamentos: diluidor comercial (C-GEMA ou C-LIPO), diluidor comercial suplementado com 0,5 µM astaxantina (GEMA + AST ou LIPO + AST) e diluidor comercial com 0,009% de dimetilsulfóxido (C-GEMA DMSO ou C-LIPO DMSO). Este último grupo foi incluído como um controle negativo, uma vez que o DMSO foi a substância utilizada para dissolver a astaxantina. Após a diluição, os espermatozoides foram submetidos ao sistema de análises computadorizado da motilidade espermática (CASA), além de serem analisados quanto à morfologia espermática, sob microscopia de contraste de interferência diferencial. Após a criopreservação, as células espermáticas foram reavaliadas para características de motilidade e morfologia espermática, além de mensurar a porcentagem de células com integridade das membranas plasmática e acrossomal, potencial de membrana mitocondrial e estresse oxidativo, sob citometria de fluxo. Os resultados foram expressos como média ± erro padrão da média e foram analisados por ANOVA, utilizando modelo misto (PROC MIXED), considerando o efeito aleatório do ejaculado de cada touro e os efeitos fixos de tratamento, touro e interação. No experimento 1, os espermatozoides dos grupos C-GEMA, GEMA + AST e C-GEMA DMSO apresentaram, respectivamente, os seguintes resultados: velocidade progressiva (VSL) 79,2a ± 1,3, 75,3b ± 1,3 e 75,4b ± 1,3 (P = 0,02); frequência de batimento (BCF) 32,7ª ± 0,4, 30,9b ± 0,4 e 31,3b ± 0,4 (P < 0,01); retilinearidade (STR) 88,9ª ± 0,3, 87,3b ± 0,4 e 87,5b ± 0,4 (P < 0,01); defeitos menores 2,4b ± 0,3, 3,2a ± 0,3 e 2,2b ± 0,2 (P = 0,01); e intensidade média do potencial de membrana mitocondrial 9796,1a ± 495,5, 8028,3b ± 441,3 e 8732,8ab ± 370,7 (P = 0,04). As demais características não diferiram entre os grupos (P > 0,05). De forma inesperada nas características em que a astaxantina foi superior ou inferior ao grupo C-GEMA, os resultados foram semelhantes ao grupo C-GEMA DMSO, indicando que os efeitos observados não foram propiciados pela astaxantina. No experimento 2 não houve diferença entre os tratamentos. Com isso, apesar de não se ter realizado a comparação entre os diluidores, pode-se inferir que possivelmente eles atuem de formas distintas. Conclui-se que a astaxantina, na concentração utilizada, quando adicionada aos diluidores à base de gema de ovo ou de lipossomas não reduz o estresse oxidativo e, portanto, não preserva a motilidade espermática e o potencial mitocondrial.