Efeitos de diferentes diluentes comerciais para congelação de sêmen canino

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Rodrigues, Dalmyr Roza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/235476
Resumo: O uso de sêmen congelado depende que sejam mantidos alguns atributos espermáticos para se obter sucesso na fertilização do oócito, e a adição de substâncias crioprotetoras promovem proteção ao espermatozoide durante a congelação. A criopreservação induz uma série de modificações físicas e bioquímicas nos espermatozoides que levam a alterações na célula espermática. Estas alterações estão associadas à perda da motilidade, ruptura da membrana plasmática e acrossomal, estresse oxidativo, entre outras, promovendo danos irreversíveis ao espermatozoide. Além de fatores relacionados a cadela, como momento da ovulação, oócitos imaturos, e local de inseminação, a utilização de sêmen canino criopreservado é prejudicada pela viabilidade espermática pós-descongelação, que em muitas vezes pode ser baixa em decorrência de danos tanto na estrutura quanto na função dos espermatozoides e podem ser atribuídos ao choque térmico durante a congelação. Esses danos podem ser diminuídos com o uso de diluentes adequados para a criopreservação. Assim, o objetivo deste estudo é avaliar a eficácia de três diluentes comerciais para congelação de sêmen canino, sendo 2 a base de gema de ovo (Gema1 e Gema2) e 1 a base de lecitina de soja (Lecitina), sobre a qualidade espermática pós-descongelação. O estudo foi dividido em 2 experimentos, no experimento 1 foram 10 animais utilizados. Após a colheita, cada ejaculado foi dividido em 3 alíquotas iguais, diluídos nos respectivos meios de congelação na concentração de 100x106 espermatozoides/mL, envazados em palhetas de 0,5mL, submetidos à congelação obedecendo os critérios de estabilização de acordo com os fabricantes, e armazenadas em nitrogênio líquido. No experimento 2, foram selecionados os dois melhores diluentes do experimento 1 para nova avaliação e comparação, aumentando o número de amostras diminuindo assim o erro amostral, então foram adicionados mais 5 animais aumentando o número de amostras em 50%. A descongelação foi realizada a 37ºC por 30 segundos. As amostras foram submetidas a análise computadorizada da cinética espermática pelo CASA e integridade das membranas e potencial mitocondrial por citometria de fluxo após descongelação. No experimento 1 os diluentes a base de gema de ovo apresentaram resultado significativamente superior em comparação ao meio a base de lecitina de soja, para os parâmetros de motilidade total, motilidade progressiva, espermatozoides com movimento rápido, integridade de membrana plasmática e acrossomal, estabilidade de membrana plasmática, e alto potencial mitocondrial. No experimento 2, os 2 melhores diluentes do experimento 1 foram os dois a base de gema de ovo, e houve diferença significativa entre os meios que apresentaram motilidade total de 59,9%±3,3 e 52,3%±2,2 para Gema1 e Gema2 respectivamente, na avaliação da membrana por citometria o meio Gema1 também apresentou melhores resultados que o meio Gema2, 54,5%±3,3 e 45,0%±4,0 para integridade de membrana plasmática e acrossomal, e 47,6%±4,5 e 37,3%±3,5 para estabilidade de membrana plasmática respectivamente. Em conclusão pode-se afirmar que a lecitina de soja não atingiu resultados satisfatórios para os parâmetros espermáticos avaliados comparados a gema de ovo, e entre os meios a base de gema de ovo o meio Gema1 apresentou resultados superiores para os parâmetros avaliados pós-descongelação para espécie canina.