Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Papim, Angelo Antonio Puzipe |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/255076
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Resumo: |
A presente tese é decorrente de pesquisa contextualizada no campo de estudos que visa a aprofundar a compreensão do processo de ensino e aprendizagem, com ênfase particular na aprendizagem do professor em como ensinar, fundamentada na Teoria Histórico-Cultural. Os estudos sobre como os professores aprendem a ensinar destacam esse processo como marcado por escolhas conscientes feitas em fases específicas da carreira, como o período de formação, um espaço e tempo definidos pela biografia pessoal do professor e pelas tendências pedagógicas vigentes nesse contexto. Contudo, observa-se uma carência significativa de pesquisas sobre a trajetória formativa dos professores, particularmente dos processos de aprendizagem relacionados a como ensinar. Essa lacuna se torna ainda mais evidente, no contexto específico do ensino da linguagem oral e escrita para crianças com deficiência intelectual. A participação do autor como professor-pesquisador em um Projeto de Alfabetização na área da Deficiência Intelectual, integrante da pesquisa intitulada “A questão da leitura e escrita na área da deficiência intelectual: qual a melhor forma de ensino”, despertou o interesse deste estudo, orientado pela seguinte questão de pesquisa: quais as contribuições da Teoria Histórico-Cultural para a autorreflexão do professor-pesquisador, quanto à sua intenção pedagógica, no processo de alfabetização de crianças com deficiência intelectual? A fim de respondê-la, o objetivo consiste em compreender, na análise da trajetória formativa do autor, enquanto professorpesquisador, no Projeto de Alfabetização na área da Deficiência Intelectual, a capacidade de autorreflexão sobre sua intenção pedagógica e sua atuação no ensino da linguagem oral e escrita para a aprendizagem de uma criança com deficiência intelectual. E, para que o objetivo do estudo seja claramente compreendido, é necessário reconhecer que a autorreflexão do professor está profundamente entrelaçada ao desenvolvimento de sua consciência sobre sua atuação no processo de ensino e aprendizagem, como uma unidade dialética, levantando-se a hipótese de que o ensino e a aprendizagem, exercidos como atividade consciente, intencional e motivada pelo professor, nessa realidade concreta, configuram uma interatuação na qual quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender. O método para realizar a pesquisa é caracterizado por um estudo de caso composto por dois sujeitos, o professor-pesquisador e a criança com deficiência intelectual, com a análise qualitativa de três cenas, extraídas do acervo de filmagens do Projeto de Alfabetização na área da Deficiência Intelectual, cujo critério de seleção consistiu na demonstração de marcos do desenvolvimento do professor-pesquisador em relação às suas formações cognitivas e emocionais emergentes na atuação com a criança com Deficiência Intelectual, que lhe possibilitaram fazer a autorreflexão, estabelecer uma consciência de si e do outro e criar uma intencionalidade pedagógica relacionada à dinâmica de ensino e aprendizagem, como parte de uma práxis educacional complexa. Os dados deste estudo revelam que o processo de aprendizagem do professor, no ensino, é complexo e multidimensional, envolvendo a intersecção das suas experiências sociais e psicológicas. Assim, fica evidente que, na prática educacional, a criança não só contribui, mas também atua como um mediador significativo na aprendizagem do professor, de forma tão relevante quanto a formação teórica. |