Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Freitas, Jessica Aparecida Paulino |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.sis.puc-campinas.edu.br/xmlui/handle/123456789/16782
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Resumo: |
Este trabalho teve como objetivo analisar a metodologia tradicional da Aula Expositiva e as metodologias ativas, Sala de Aula Invertida e PBL, visando identificar limites e potências em relação ao uso das metodologias e seus efeitos para a formação de alunos no ensino superior, elegendo dois núcleos temáticos: a autonomia e a formação de sujeitos críticos. O estudo tem fundamentação teórica no Materialismo Histórico-Dialético e na Teoria Histórico-Cultural. A metodologia de ensino “Aula Expositiva”, conhecida por ser a tradicional, possui como premissa um cenário no qual o professor ministra suas aulas e decide quais estratégias serão utilizadas para atingir os objetivos propostos. As metodologias ativas partem da premissa de que o docente não deve ser a única fonte de conhecimento; assim, o docente deixa de ser o “transmissor” e passa a ser o mediador. Entretanto, muito tem se falado sobre as metodologias ativas e poucos estudos são apresentados envolvendo reflexões fundamentadas de forma teórica e empírica. Nos trabalhos analisados, a partir de pesquisa bibliográfica, não identificamos nenhum estudo que tenha sido realizado nos moldes metodológicos aqui utilizados: a aplicação dessas metodologias no ensino superior, investigando por um ano (dois semestres) a metodologia tradicional e as metodologias ativas (Sala de Aula Invertida e PBL), buscando a percepção dos alunos em um primeiro contato, a real experiência do professor também logo no início na elaboração e aplicação das metodologias, bem como as perspectivas e os desafios sob a ótica dos alunos e do professor. Esta pesquisa foi realizada em um Centro Universitário localizado no interior de São Paulo, no curso de Sistemas de Informação, no 6º e 7º semestres, respectivamente. A investigação foi realizada por meio de pesquisa da própria prática. O material empírico foi produzido através de 4 procedimentos: (i) entrevista semiestruturada com os discentes, (ii) produção de narrativas pelos discentes, (iii) observação dos discentes durante o período letivo de Set/2019 a Dez/2019 e Fev/2020 a Jun/2020 e (iv) produção de narrativas pela docente. Sendo em (i) entrevista realizada por meio de um roteiro semiestruturado e áudio gravada; (ii) produção de narrativas pelos discentes feita por escrito ao final da aplicação de cada metodologia; (iii) observação feita de maneira cursiva durante os períodos supracitados; (iv) produção de narrativa pela docente feita por escrito ao final da aplicação de cada metodologia. Resultados apontam que não há unanimidade dos alunos quanto à aplicação de cada metodologia e os argumentos utilizados para avaliar positiva ou negativamente cada uma delas são pouco densos e remetem pouco a questões relevantes de conteúdo. Defendemos nesse trabalho a tese de que as propagadas potências acerca da constituição de autonomia, reflexão crítica, cidadania, dos discentes como agentes transformadores da sociedade, não são alcançadas a partir da mera aplicação das metodologias ativas. Para tal, é necessário um trabalho intenso, sistemático, explícito, de longa duração e coordenado pelo professor, sem o que o real efeito das metodologias ativas se circunscreve a amenizar o processo de ensino-aprendizagem, mas não revoluciona os humanos que queremos formar. Também se analisa que ainda falta um olhar mais direcionado ao campo universitário no que compete à aplicação de metodologias, de modo que docentes e discentes consigam aprimorar as relações de ensino-aprendizagem. |