Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Lazzarini, Ana Beatriz |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/235089
|
Resumo: |
O câncer, como o maior problema de saúde pública dentre as doenças não-infecciosas, resultou em 19,3 milhões de novos casos mundialmente, assim como onerou aos EUA US$208,9 bilhões em 2020. Os metalofármacos utilizados como quimioterápicos no tratamento do câncer são limitados por resistência celular e efeitos colaterais. Uma vez que compostos à base de prata(I), assim como a coordenação de ligantes bioativos, e.g. tiossemicarbazonas e 1,10-fenantrolina, têm demonstrado destaque na Química Inorgânica Medicinal, neste trabalho, foi proposto a síntese, caracterização e avaliação da atividade antitumoral de um complexo inédito de fórmula molecular [Ag(cTSC)(phen)]NO3.H2O (C1), sendo cTSC = N(4)-etilcinamaldeído tiossemicarbazona (cTSC), e phen = 1,10-fenantrolina. A caracterização foi fundamentada nas técnicas espectroscópicas de infravermelho (IV), ressonância magnética nuclear com núcleo de hidrogênio (RMN 1H), ultravioleta visível (UV-Vis) e espectrometria de massas (ESI-MS), assim como por meio da análise elementar e condutividade molar. O composto mostrou-se ativo frente às linhagens tumorais humanas A549 (pulmão), MCF-7 (mama) e A2780cis (ovário), enquanto o ligante cTSC não apresentou atividade antiproliferativa nas mesmas condições. Ademais, ao comparar com estudos da literatura, propõe-se que o fragmento tiossemicarbazona seja o grupo farmacofórico do composto inorgânico. Além disso, pela elevada atividade antiproliferativa em células resistentes à cisplatina, sugere-se que o mecanismo de ação de C1 seja divergente ao reportado para o metalofármaco de platina(II). Por meio dos ensaios de titulação espectrofotométrica, C1 apresentou 6% de hipocromismo na presença de ct-DNA em comprimento de onda fixo em 360 nm. O complexo metálico suprimiu 72% da fluorescência do Hoechst33258-DNA e 11% do TO-DNA. Por fim, por meio do dicroísmo circular, percebeu-se que C1 não altera de forma significativa ambas as bandas positiva e negativa do DNA quando a relação entre as concentrações do complexo para a biomacromolécula variam entre 0 e 0,2. Entretanto, em razões de 0,3 a 0,4, C1 consegue potencializar a interação de empilhamento π do DNA, sem proporcionar a transição da forma B para as formas A ou Z. Em suma, propõe-se que a interação entre o complexo metálico inédito e o DNA seja de natureza fraca. |