Processo formativo em Matemática: invenções robóticas para o Parkinson

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Azevedo, Greiton Toledo de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/236186
Resumo: Nesta pesquisa, buscamos compreender o processo de formação em Matemática de estudantes de Ensino Médio quando constroem jogos digitais e desenvolvem dispositivos robóticos associados, destinados ao tratamento de sintomas da doença de Parkinson. Norteada pela metodologia qualitativa de pesquisa, a produção de dados foi realizada com estudantes do Ensino Médio no Instituto Federal Goiano (IF-Goiano) e no Hospital Dia do Idoso, em Anápolis (GO), nos anos de 2018 e 2019, e registrada por meio de vídeos, fotografias, notas de campo, programas computacionais e entrevistas. Tais dados foram analisados à luz dos pressupostos teóricos do Construcionismo e do Pensamento Computacional e organizados em cinco Episódios emergidos na temporalidade dos acontecimentos da pesquisa, os quais correspondem e tematizam as invenções científico-tecnológicas desenvolvidas ao Parkinson: Paraquedas-Robótico, Regador-Robótico, Vara-Robótica, Navegação-Robótico e Bikechair-Robótica. A partir do escrutínio realizado desses Episódios, obtivemos as duas Categorias de Análise, as quais corroboram a compreensão do processo de Formação em Matemática intrínseco ao Contexto Formativo em Matemática e Invenções Científico-tecnológicas ao Parkinson (C1); e à Aprendizagem Criativa em Matemática, Capacidades e Impactos Sociais (C2). Como resultado, o processo de formação em Matemática foi compreendido como potencial de transformação social, intelectual-científica e responsável dos estudantes que, por meio de suas invenções, buscaram contribuir com o tratamento de sintomas da doença de Parkinson. Os dados evidenciam um processo caracterizado pela dinamicidade não linear e orgânica de formação sobre o qual aponta para o rompimento da tríade de conteúdo-exemplo-exercício e das burocracias contraproducentes de sala de aula. Este processo se constitui pelo engajamento do estudante em sociedade por meio do fazer ciência com a Matemática integrada à Computação e remonta-se pela dialogicidade não hierarquizada como ponto nevrálgico à Formação em Matemática, destituindo a invisibilidade intelectual do estudante em propor soluções de impactos sociais. As invenções se mostram estruturadas idiossincraticamente no planejamento, imprevisibilidade e protagonismo científico dos estudantes, os quais fomentaram a exploração de problemas aberto-inéditos de Matemática em-uso, e descentralizadas à formalização excessiva do rigor de objetos matemáticos sem sentido.