Autoeficácia de futuros professores para promoção de escola saudável

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Silva, João Lucas Patricio da [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/260887
Resumo: A promoção da saúde é um tema emergente, especialmente para crianças e jovens brasileiros. Um dos ambientes profícuos para a promoção da saúde voltada a esse público é a escola, considerando suas obrigações e potencialidades. Um dos possíveis agentes dessa empreitada necessária no ambiente educacional é o professor, tendo em vista seu papel fundamental dentro das instituições. Contudo, questiona-se se os professores estão preparados para tal ação, ou seja, se durante seus processos formativos tiveram momentos de aprendizagem e reflexão sobre a temática. Sabe-se que um dos momentos formativos fundamentais na carreira docente é a formação inicial. Assim, dada a relevância do tema da saúde no contexto escolar, é essencial que os futuros professores tenham, em sua formação inicial, qualificação suficiente para desenvolvê-lo na escola. Entretanto, a literatura levanta dúvidas sobre se, de fato, os futuros professores conhecem e se percebem capazes de trabalhar esse tema em suas práticas pedagógicas futuras. Este estudo investiga os conhecimentos, as experiências e a crença de autoeficácia de futuros professores para promover uma escola saudável. A investigação caracteriza-se como um estudo descritivo-exploratório, com análise quantitativa e qualitativa. A população do estudo é composta por estudantes dos cursos de licenciatura em Ciências Biológicas, Educação Física e Pedagogia de uma universidade pública paulista localizada no interior do estado. Como instrumentos de coleta de dados foram utilizados: a) Questionário de caracterização do participante e sobre aspectos relacionados à temática da saúde e b) Escala de autoeficácia para promoção de uma escola saudável. Os dados foram coletados de forma online e analisados tanto por meio de estatística descritiva e inferencial, com o auxílio do software IBM SPSS, versão 29 para Windows, quanto por meio do método de análise de conteúdo, sistematizado com o auxílio do Microsoft Excel, versão 10 para Windows. Descobrimos que os futuros professores apresentaram conhecimentos medianos em relação ao tema de promoção de saúde na escola (M = 2,88; DP = 0,76) e crença de autoeficácia para a promoção de uma escola saudável moderadamente alta (M = 4,02; DP = 0,56). A idade dos futuros professores se correlacionou positivamente (R = 0,387; p < 0,001) com a crença, e os futuros professores de Pedagogia apresentaram as maiores médias de crença (M = 4,23; DP = 0,54). Revelou-se que os futuros professores veem a saúde como um conceito que envolve perspectivas focais, entendem que “saúde na escola” está associada a questões do ambiente e ações de prevenção, julgam que seus pontos fortes estão relacionados à promoção de questões de saúde física e mental, e seus pontos fracos estão ligados à atributos pessoais. Por fim, é evidenciado que a formação inicial influencia tanto positivamente quanto negativamente a confiança pessoal para ensinar saúde na escola. Conclui-se que a formação inicial de professores deve ser revista para integrar a temática da saúde e fortalecer a autoeficácia, promovendo benefícios concretos em práticas pedagógicas futuras. Pesquisas futuras devem explorar estratégias que fortaleçam esses aspectos, além de mudanças em políticas públicas e na criação de ambientes escolares interrelacionados com outros setores da saúde, sendo essas ações, fundamentais para a promoção efetiva de escolas saudáveis.