Relações entre autoeficácia de professores para promover escola saudável, letramento em saúde e variáveis do ambiente escolar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Nunes, Ana Estela [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/191547
Resumo: A abordagem da Escola promotora da Saúde embasa o presente estudo por incluir a promoção de saúde em todos os aspectos possíveis dentro da escola, como o ambiente interno e externo, projetos e programas relacionados ao tema, políticas públicas, relações interpessoais, entre outros. Dentro desse contexto, o professor é tido como fator chave para promover saúde na escola uma vez que ele convive dentro e fora da sala de aula com alunos, gestores, pais e demais funcionários. Dessa forma, a possibilidade de investigar o quanto os professores se percebem capazes de promover saúde na escola e, qual o nível de letramento em saúde que eles possuem, permite conhecer melhor essa realidade e trazer aspectos relevantes para futuras discussões a respeito da promoção de saúde em escolas brasileiras. O presente estudo teve por objetivo: a) Identificar as condições ambientais das escolas; b) Investigar a autoeficácia para o letramento em saúde dos professores; c) Mensurar os níveis de autoeficácia dos professores para a promoção de saúde na escola e; d) Descrever e analisar as relações entre as três variáveis. Trata-se de uma pesquisa exploratória de caráter quantitativo que contou com a participação de 151 professores, os quais responderam o seguinte conjunto de instrumentos: a) Questionário de caracterização; b) Instrumento para avaliar as condições ambientais; c) Escala de autoeficácia para promoção de escola saudável; d) Escala de letramento em saúde. Os resultados indicaram que os participantes apresentaram nível moderado de autoeficácia para promover escola saudável (M = 3,73; DP=0,66) assim como de letramento em saúde (M = 4,10; DP=0,73). Quanto às condições ambientais, apenas 37,8% das escolas incentivam a participação dos pais e comunidade ao redor da escola para atividades relacionadas à saúde, mais de 60% dos professores relataram não haver contato de médicos e psicólogos na escola e, quase metade dos professores afirmam que a segurança dentro e fora da escola poderia ser melhor assim como os produtos vendidos na cantina. Ao relacionar as três principais variáveis estudadas, foram encontradas associações positivas e estatisticamente significativas entre a autoeficácia para promover escola saudável e parte das variáveis ligadas às condições ambientais (r = 0.347 e r = 0.295; p < 0.01). Houve correlações positivas, significativas, porém fracas entre a autoeficácia para promover escola saudável e o letramento em saúde dos professores (r = 0,231; p < 0,001). Entretanto, não houve correlações significativas entre o letramento em saúde e parte das variáveis ligadas às condições ambientais. Dessa forma, encontrou-se que, quanto melhores são as condições ambientais das escolas, mais elevados são os níveis de autoeficácia para promover escola saudável e, que há uma ligeira tendência de que professores com níveis elevados de letramento em saúde também possuem níveis mais elevados de autoeficácia para promover escola saudável. Estudos futuros podem endereçar novas questões acerca do papel da autoeficácia para promover escola saudável em diferentes contextos escolares.