Aconselhamento como estratégia para prevenção do sobrepeso e obesidade na infância: um estudo piloto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Higa, Camilla Lie [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152794
Resumo: A obesidade infantil vem num crescimento exponencial. Nesse contexto, a família desempenha papel indispensável na construção de hábitos saudáveis, e quando associado à Educação e a Saúde, tal processo passa a ser completo e mais eficaz. O breve aconselhamento parece ser uma boa estratégia para estreitar tais laços, a fim de se realizar um trabalho conjunto e melhorar hábitos das crianças. Objetivo: Verificar os efeitos de uma intervenção de BA, abordando as esferas de atividade física e alimentação saudável à família sobre a criança, com apoio de escolas públicas e a Unidade de Saúde da Família (USF). Métodos: Participaram do estudo 14 pais/responsáveis e 38 crianças entre 6 e 10 anos do EF-I estavam matriculados nas 2 escolas públicas municipais sorteadas no município do interior paulista, com proximidade de 2 USF que auxiliaram nas coletas. As crianças realizaram avaliações antropométricas mensais e responderam ao questionário em três momentos. Os pais receberam BA durante o período de 6 meses, responderam questionários de 2 em 2 meses. E professores e ACS responderam questionário no momento pré e pós. Para os dados estatísticos utilizou-se de média, desvio padrão e porcentagem, ANOVA para medidas repetidas e teste de qui-quadrado com intenção de tratar. As análises foram conduzidas por meio do software SPSS versão 21.0 e Excel 2013, com valor de p≤0,05. Ainda realizou-se análise de conteúdo para os dados qualitativos. Resultados: As crianças atingiram as diretrizes de 60 minutos de atividades moderadas a vigorosas (140,76±114,91; 138,10±114,17; 111,60±121,67) entretanto o tempo despendido em comportamento sedentário aumentou entre as coletas (103,57±136,98; 152,28± 277,38; 185,18±173,99). Os pais não atingiram as recomendações de 150 minutos de AF no lazer por semana nas coletas 2 e 3 (174,28±207,13; 135,00±190,53; 138,57±194,25) e também apresentaram níveis altos de comportamento sedentário. Em relação a alimentação saudável os resultados apontam que há uma preocupação com a mesma, entretanto observa-se uma alta ingestão de alimentos ultra processados. A parte qualitativa demonstrou que há a busca da mudança em relação a atividade física e alimentação saudável, melhorando assim a qualidade de vida dos pais e consequentemente das crianças. Na parceria entre Educação e Saúde encontrou-se dificuldades, mas observou-se uma efetividade nos momentos em que participaram. Conclusão: Os dados quantitativos apontam o papel fundamental que a família e escola exercem sobre a criança, e o mesmo é reforçado a partir dos dados qualitativos. A dificuldade na comunicação entre Educação e Saúde foi encontrada, mas nos momentos de participação demonstraram serem importantes e efetivos. Dessa forma, há indícios de que o BA à família sobre a criança, com apoio de escolas públicas e USF, parecem ser efetivas.