Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Simião, Sara Gabriela |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/217243
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Resumo: |
Este trabalho analisa o Orlando furioso (1532), de Ludovico Ariosto, e o Dom Quixote de La Mancha (1605/15), de Miguel de Cervantes, por meio da comparação e do conceito de cronotopo. Graças a estes é possível notar o diálogo que há entre elas. A princípio, um dos pontos que mais chama a atenção é a questão da busca. Quase sempre há uma personagem procurando por algo: uma pessoa, um lugar, um cavalo, ou mesmo aventura e glória. Entretanto, há duas personagens que melhor representam essa aspiração incessante: Angelica, na obra italiana, e Dulcineia, no caso da espanhola. Orlando passa a maior parte da história buscando a sua amada, e é por causa dela que se torna furioso (louco). Além disto, há outros movimentos que são provocados, direta ou indiretamente, por Angelica. E Dom Quixote também se desloca na obra por causa da sua dama. É por ela que busca aventuras, com o intuito de se tornar famoso e digno dos seus favores, de acordo com o código do amor cortês. Uma vez que quase sempre as personagens estão se deslocando na história, elas vão atravessando diferentes cronotopos, como palácios, cova e, até mesmo, a Lua, cada qual com as suas particularidades. Tendo em vista estas questões, a presente tese demonstra a importância dessas duas figuras femininas, Angelica e Dulcineia, pois ambas funcionam como motores, que movimentam a história, fazendo com que os protagonistas masculinos enfrentem os mais diferentes tipos de aventuras, nos mais diversos e maravilhosos cronotopos, que refletem os seus estados de espírito. Como base teórica, esta pesquisa retoma, entre outros, os estudos de Mikhail Bakhtin (2010 e 2011) e seus críticos, estudiosos de Ariosto, como Sergio Zatti (2011), Mario Santoro (1989), e Italo Calvino (2010), e cervantistas, como Maria Augusta da Costa Vieira (1995 e 2015), Gonzalo Díaz Migoyo (2001), e José Manuel Lucía Megías (1990). |