Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Flores, Célia Navarro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8145/tde-31102007-143453/
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Resumo: |
Este trabalho parte do pressuposto de que, ao longo dos séculos, a imagem das personagens Dom Quixote e Sancho Pança se consolida de tal maneira a converter tais personagens em um mito com forte apelo visual. Por outro lado, essa consolidação não ocorre com a imagem da personagem Dulcinéia del Toboso, a qual não assume nenhuma forma imageticamente definitiva. Nosso objetivo é mostrar que tal fenômeno ocorre graças a dois fatores que estão intimamente relacionados: determinados expedientes cervantinos na construção dessas personagens e a tradição iconográfica da obra formada ao longo dos séculos pelos inúmeros ilustradores que recriaram as personagens de Cervantes. A partir da análise literária dos procedimentos cervantinos na construção das três personagens e do cotejo entre texto e imagens e entre imagens de diferentes séculos, chegamos a alguns resultados interessantes: a grande força icônica e a maior pontualidade do autor ao construir os protagonistas Dom Quixote e Sancho Pança propiciam uma série de leituras das personagens que convergem em direção a uma espécie de ideogramização da dupla; paralelamente, o maior perspectivismo e imprecisão na construção da personagem Dulcinéia del Toboso resulta em uma pluralidade de leituras, dentre as quais tanto coexistem fusões e justaposições de perspectivas com recriações muito particulares da personagem. |