12 anos de escravidão: livro e filme

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Nakanishi, Débora Spacini
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152824
Resumo: Este trabalho de pesquisa tem como objetivo refletir sobre 12 anos de escravidão, em duas vertentes: o livro de Solomon Northup (1853) e a adaptação cinematográfica de Steve McQueen (2013). Entendemos, assim, as duas obras como representações do sistema escravagista e da vida do escravo, no caso, especificamente, de Northup, servindo como mediadoras do trauma cultural na sociedade norte-americana e influenciando a forma como a identidade do afro-americano é construída. Pretendemos estudar o gênero narrativas de escravos, contextualizando a autobiografia de Northup, com o intuito de analisá-la especificamente. Utilizaremos, então, autores como Olney (1984), Lingold (2013), Pope (2014), Roy (2015), entre outros. Faremos, doravante, um exame sobre filmes comerciais com o tema escravidão, com o intuito de apontar como cada um deles dialoga com a sociedade na época de sua produção, tornando-se contradiscursos ao pensamento vigente. Basearemo-nos em Sklar (1978), Kellner (2001), Mascarello (2006) e Rosenstone (2015). Passaremos à análise do filme de McQueen, procurando indícios de uma nova abordagem do tema escravidão no cinema, apontando, também, como, em diversos momentos, livro e filme se relacionam, seja na semelhança ou na diferença. A seguir, propomos uma reflexão sobre como as duas obras influenciaram e influenciam a construção da identidade do afro-americano, levando em consideração o trauma cultural legado pelo sistema escravagista na sociedade estadunidense. Apoiaremo-nos em textos de Cartmell e Hunter (2001), Browne e Kreiser Jr. (2004), Wilt e Shull (2004), Levine (2010), Ross (2010), Dubey (2010), Keizer (2010), Nigro (2011), Romney (2014), além dos de Eyerman (2001, 2011) e Pederson (2014), que falam especificamente sobre trauma cultural. Finalmente, faremos um breve levantamento de fatos e obras importantes que acontecem após o lançamento do filme, a fim de ressaltar a importância e relevância de 12 anos de escravidão para a continuação da discussão sobre a instituição peculiar norte-americana.