Avaliação longitudinal do tratamento do câncer de cabeça e pescoço na amplitude eletromiográfica dos músculos masseter, temporal e esternocleidomastoideo durante o repouso mandibular e deglutição

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Piacenza, Lucas Tavares [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/237247
Resumo: A compreensão da biomecânica muscular em pacientes submetidos ao tratamento oncológico pode ser auxiliada pelo estudo da atividade elétrica dos músculos e mobilidade mandibular. Desse modo, o objetivo deste estudo observacional do tipo série de casos, foi avaliar a influência do tratamento do câncer de cabeça e pescoço na amplitude eletromiográfica dos músculos da face e na mobilidade mandibular. Para isso, foram selecionados sete pacientes com diagnóstico de câncer de cabeça e pescoço. A amplitude eletromiográfica foi verificada nos músculos masseter, temporal e esternocleidomastoideo, na condição de repouso e deglutição, utilizando um eletromiógrafo de superfície. A mobilidade mandibular foi verificada por meio da mensuração da abertura bucal e da aplicação do Questionário de Trismo de Gothenburg (GTQ). Todos os pacientes foram submetidos a análise inicial (T0 – após a determinação do diagnóstico) sendo as demais análises realizadas de acordo com o tratamento oncológico estabelecido para cada paciente (cirúrgico/T1: Pacientes 1, 2, 3 e 7; quimioterápico/T2: 4, 5 e 6; radioterápico/T3: 5, 6 e 7). Após a cirurgia, grande parte dos músculos estudados, apresentaram diminuição da atividade elétrica na condição de repouso e deglutição. Ao contrário, o tratamento quimioterápico, aumentou a atividade elétrica dos mesmos músculos, nas mesmas condições. A associação do tratamento quimiorradioterápico promoveu diminuição nos valores de eletromiografia. Na presença da lesão (T0) foi observado valores elevados na atividade elétrica na posição de repouso mandibular, em grande parte dos músculos estudados. Um paciente apresentou trismo no período T2, com abertura bucal de 32,95 mm. O questionário GTQ apresentou porcentagem alta no período T0 para o paciente 5 (58,09 %). Nesta série de casos, a amplitude elétrica dos músculos estudados parece ter sido influenciada pela presença do tumor, assim como pelo tratamento oncológico realizado.