Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Avelar, Camila Reis Teixeira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17156/tde-29102024-164833/
|
Resumo: |
DIntrodução: O câncer de cabeça e pescoço (CCP) tem alta incidência no Brasil, e representa mais de 8% dos tumores no sexo masculino. Os pacientes que apresentam lesões ressecáveis (estádios III e IV) são tratados com cirurgia seguida de quimiorradioterapia adjuvante com cisplatina em altas doses (CDDP). Este regime tem sido considerado padrão de tratamento por vários anos, mas apresenta alta toxicidade, o que impede de ser utilizado para todos os pacientes. Assim, quimioterapia de baixa dose com CDDP semanal é utilizada como alternativa, em pacientes não elegíveis para alta dose, embora com menor evidência científica. Objetivo: O objetivo do estudo é avaliar a eficácia e toxicidades do tratamento adjuvante com CDDP semanal (40mg/m2) em pacientes com CCP inelegíveis para esquema padrão (100mg/m2). Metodologia: Trata-se de um estudo de coorte longitudinal retrospectivo que inclui pacientes com carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço, em um único centro oncológico acadêmico. Foram coletados dados epidemiológicos, história da doença, desfechos e toxicidade. Resultados: Foram incluídos 43 pacientes com idade média de 60 anos. O principal motivo de contraindicação da cisplatina em altas doses foi a disfunção renal (48,8%). Destes 43 pacientes, 37,2% conseguiram concluir o tratamento sem suspensão da dose ou atraso das sessões de quimioterapia ou radioterapia. O principal motivo de interrupção do tratamento foi nefrotoxicidade (34,8%) e mielotoxicidade (23,2%). A sobrevida livre de progressão por 1, 3 e 5 anos foi de 76%, 65,7% e 57,4%, respectivamente. A sobrevida global por 1, 3 e 5 anos foi de 82,2%, 66,8% e 58,3%, respectivamente. Comparando com o grupo comparador de cisplatina alta dose, os pacientes tratados com cisplatina semanal apresentaram sobrevida global semelhante. Conclusões: Este estudo fornece evidências de que a CDDP semanal é uma opção para pacientes com contraindicação à cisplatina em altas doses, em consonância com estudo de não inferioridade publicado durante esse estudo. |